Segundo as investigações, carro com explosivos
seria usado no resgate do brasileiro Marcelo Piloto, preso no Paraguai — Foto:
Polícia Nacional do Paraguai/Divulgação
A polícia paraguaia e a
Interpol frustraram mais uma tentativa de resgate do traficante brasileiro
Marcelo Piloto, que está preso na capital Assunção, afirmou nesta quarta-feira
(24), o ministro do interior, Juan Ernesto Villamayor.
De acordo com Villamayor,
policiais identificaram e invadiram no fim desta madrugada uma casa em
Presidente Franco, a cerca de 10 km da fronteira com o Brasil.
No local, havia um
carro-bomba que seria usado em um plano de resgate do traficante e outro
veículo carregado com explosivos.
No confronto com os
policiais, três suspeitos foram mortos. Segundo a polícia, todos são
brasileiros e supostos integrantes da facção criminosa Comando Vermelho, do Rio
de Janeiro.
Em um dos veículos havia
cerca de 40 kg de dinamite prontos para serem detonados. O outro estava
carregado com mais 45 kg de explosivos.
O carro preparado foi
levado para uma área rural, onde os explosivos foram detonados. Se acionada, a
dinamite teria um raio de destruição de até 100 metros, disse a polícia.
Na casa foram apreendidos
também detonadores, uma placa brasileira, uma metralhadora, dois fuzis, duas
pistolas, munição, rádios e miguelitos - espécie de armadilhas de metal usadas
para furar pneus.
Ainda conforme o ministro,
a operação é resultado das investigações intensificadas pela Unidade de
Inteligência da Polícia Nacional e do Ministério Público a partir do dia 4 de
outubro, quando foi apreendida uma grande quantidade de armas em três casas em
Assunção.
Na operação conjunta com a
Polícia Federal, cinco pessoas - entre elas quatro brasileiros - foram presas
suspeitas de planejar o resgate de Marcelo Piloto.
Marcelo Piloto
Marcelo Fernando Pinheiro
Veiga, o Marcelo Piloto, é apontado pelas polícias dos dois países como o maior
fornecedor de armas e drogas fora do Brasil desde a prisão de Luiz Fernando da
Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
Piloto foi preso em dezembro de 2017 em
Encarnación, no Paraguai.
Foragido desde 2007, ele
vivia no país vizinho desde 2012. Para não ser identificado, usava uma
identidade falsa e mudava de endereço a cada seis meses. Aos vizinhos, se
apresentava como "vendedor de eletrônicos".
No Brasil, responde por
crimes como homicídio, tráfico e associação para o tráfico, latrocínio e roubos.
Por
Fabiula Wurmeister, G1 PR
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