quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Porto Alegre: Noite de tensão na zona Norte tem ônibus apedrejados

Brigada Militar efetuou pelo menos três prisões na região

Protestos ocorreram ao longo do dia, na zona Norte de Porto Alegre | Foto: Fabiano do Amaral
   Protestos ocorreram ao longo do dia, na zona Norte de Porto Alegre | Foto: Fabiano do Amaral

Mesmo com a rua Regina de Araújo Rocha, da DP, isolada, os manifestantes não desistiram de enfrentar os policiais militares na zona Norte de Porto Alegre. Por volta das 22h30min, na esquina da rua Eli Corrêa com avenida Protásio Alves, a tensão voltou a crescer. Integrantes do BOE se posicionaram estrategicamente, pois um grupo de manifestantes vinha para bloquear o local.

Em outras partes da cidade, o Grupo do Ações Táticas Especiais (Gate) entrou em confronto, lançando bombas de efeito moral, mas mesmo assim a multidão não arredou pé. Os manifestantes corriam para um local considerado seguro e, pouco depois, retornavam, para arremessar pedras.

O comandante do policiamento na Capital, tenente-coronel André Córdova, afirmou que até o final da noite dois ônibus foram apedrejados. A BM evitou ainda que outros cinco coletivos fossem atingidos. Em outro local da manifestação, na avenida Manoel Elias, próximo à Faculdade Porto-Alegrense (Fapa), tiros teriam sido disparados contra viaturas da Brigada Militar. Os policiais cercaram a região por mais de uma hora. Por volta das 23h, o trânsito foi liberado. 

De acordo com o oficial, pelo menos três pessoas foram presas até o fim da noite.

Boato gera confusão

Os confrontos foram reflexos de quase um dia inteiro de protestos na região dos bairros Mario Quintana e Chico Mendes. A confusão se iniciou após relatos de que uma menina, no bairro Chico Mendes, teria sofrido tentativa de sequestro. A mãe da garota teria lutado com o criminoso, que fugiu.

Mais tarde, em algumas redes sociais surgiu a notícia de que o acusado teria sido detido pela Brigada Militar e levado à 18ª DP, na Vila Safira. Momentos depois, por volta das 15h30min, uma multidão se reuniu em frente ao prédio da delegacia, pedindo para que o acusado fosse entregue. A Polícia afirmou não estar com um sequestrador no seu xadrez, nem ter registro de ocorrência do fato. A negativa não convenceu e mais pessoas chegaram ao local.


Correio do Povo

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