O
procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, participou do “Primeiro Fórum de
Combate ao Crime Organizado – Diversas Faces da Repressão”, que está
acontecendo nesta quinta e sexta- feira, 25 e 26, na sede da Associação dos
Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul.
Juntamente
com o chefe de Polícia, Emerson Wendt, com quem dividiu o painel de abertura do
evento, o PGJ abordou a “Perspectiva estrutural das instituições de persecução
criminal ao combate do crime organizado”.
Em sua
manifestação, o PGJ sublinhou que o Ministério Público vem desenvolvendo um
planejamento estratégico para atuação em todas as áreas e, entre elas, ênfase
no combate ao crime organizado e a lavagem de capitais e, para tal, implantou o
projeto-piloto da Promotoria de Justiça Especializada no Combate aos Crimes de
Lavagem de Dinheiro e Organização Criminosa. “Precisamos ter em mente que a
consolidação legal do conceito de crime organizado é bastante recente no
Brasil. Antes de 1995 tínhamos no máximo investigações de quadrilha ou bando.
Fica evidente que nós evoluímos, mas é preciso avançar mais: investir em
tecnologia e definir prioridades. Além disso, é indispensável que as pessoas
sejam comprometidas e estejam preparadas, através da qualificação”, disse
Dallazen.
O PGJ
também ressaltou que esse tipo de criminalidade organizada, além da violência
com que atua, dispõe de recursos para se estruturar e exige um enfrentamento
diferenciado. “Tivemos uma evolução legislativa, embora ainda se tenha muito a
aprimorar, que nos acrescentou instrumentos recentes à investigação, como, por
exemplo, a infiltração, a utilização da colaboração premiada e os novos métodos
de interceptação telefônica com a telemática, a ciência que trata da
transmissão, a longa distância, de informação computadorizadas. Dallazen
destacou, porém, que o resultado efetivo no combate às organizações criminosas,
depende da parceria entre as instituições, que precisam trabalhar de forma
articulada.
“O
crime organizado precisa ser combatido por um estado organizado, com suas mais
diferentes esferas concatenadas. Temos que trabalhar juntos em prol da
sociedade e, nesse aspecto, ainda temos muito a construir, porque todo o
sistema de justiça precisa ter a compreensão de que esses criminosos, por
agirem de forma diferenciada precisam ser tratados de forma diferenciada e é
isso que tanto o MP quanto a Polícia Civil vem fazendo”, concluiu Dallazen.
À
tarde, o promotor de Justiça do projeto-piloto da Promotoria de Justiça
Especializada no Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro e Organização
Criminosa, Marcelo Tubino, realizou palestra com o tema “O Ministério Público
no enfrentamento ao crime organizado e à lavagem de dinheiro. A sintonia na
atuação entre Ministério Público e Polícia Civil”. Tubino abordou o novo
paradigma de postura para atuação conjunta e apresentou as tecnologias
compartilhadas entre o MP e a Polícia, entre elas a ferramenta de remessa de
grandes volumes de dados entre as instituições e ferramenta de busca de
conjunto de palavras por documentos digitalizados. O promotor também apresentou
os resultados até agora obtidos.
“A
integração entre o MP e a Polícia Civil, ambas as instituições cientes da
complexidade do problema, tem sido fundamental para o êxito obtido até agora.
Temos que privar esses criminosos da liberdade, mas, especialmente, afastá-los
daquilo que eles perseguem: o lucro e a vantagem econômica. Só assim,
descapitalizados, eles ficam impedidos de dar sequência aos crimes.”, pontuou
Tubino.
PRESENÇAS
Também participaram do Fórum a promotora de Justiça Josiene Menezes Paim, o coordenador do Núcleo de Inteligência do MP (Nimp), Diego Rosito de Vilas, e um dos coordenadores de núcleos do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), José Garibaldi Machado.
Também participaram do Fórum a promotora de Justiça Josiene Menezes Paim, o coordenador do Núcleo de Inteligência do MP (Nimp), Diego Rosito de Vilas, e um dos coordenadores de núcleos do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), José Garibaldi Machado.
Fonte:
Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
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