Área é isolada para o trabalho dos policiais |
Foto: Timothy A. Clary / AFP / CP
Autoridades
dos Estados Unidos realizaram uma entrevista coletiva nesta quarta-feira para
tratar dos pacotes suspeitos encontrados mais cedo, endereçados a locais como a
Casa Branca, residências dos ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton e
para a sede da emissora CNN, entre outros.
O
prefeito de Nova Iorque, Bill de Blasio, qualificou o episódio como um
"ato de terror", enquanto o governador do Estado, Andrew Cuomo,
afirmou que os pacotes foram "uma tentativa terrorista, um ataque
terrorista", destinado a provocar medo na população. Cuomo comentou que um
pacote foi enviado inclusive para seu próprio escritório e
disse que não seria surpresa se outros ainda fossem enviados.
"Nossa
cidade para alguns é um alvo internacional", disse Cuomo. Comissário de
polícia de Nova Iorque, James O'Neill afirmou que aparentemente foi enviado à
CNN um pacote com dispositivo explosivo capaz de funcionar. A polícia comentou
ainda que foi encontrado um pó dentro de um dos pacotes, que está sendo
testado, e que o pacote enviado à emissora parece estar relacionado aos demais.
Agente
especial do FBI, Bryan Paarmann disse que aparentemente um ou mais indivíduos
mandaram vários pacotes suspeitos e que o esquadrão de bombas desativou um
dispositivo em um dos pacotes. Apesar de o governador ter falado na
possibilidade de outros pacotes terem sido enviados, o prefeito disse na coletiva
que "não há outras ameaças dignas de crédito" neste momento.
Ainda assim, Cuomo comentou que haveria reforço
policial nas ruas, "como precaução". Na entrevista coletiva, Cuomo,
do Partido Democrata, ainda fez uma crítica velada ao presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, que tem criticado bastante a oposição nas semanas
anteriores à eleição legislativa no país. O governador afirmou que as
diferenças políticas devem ser respeitadas, mas pediu que se evite o
extremismo. Também do partido oposicionista, Di Blasio afirmou que é preciso
"evitar declarações de ódio, inclusive desde o topo".
ESTADÃO conteúdo
Correio do Povo
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