Tricolor sofreu empate aos 46, mas buscou o 2 a
1 aos 48 numa cobrança de pênalti
Foto: Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação CP
O Grêmio não teve toda aquela inspiração, mas sim
qualidade e perseverança para buscar espaços até vencer o Monagas, nesta
terça-feira na Venezuela. O Tricolor levou um susto no final com empate em 1 a
1 do Monagas, numa falha de Kannemann e foi buscar o 2 a 1 num pênalti
sofrido por Cícero e convertido pelo volante Jailson, nos instantes
finais do jogo. O resultado garantiu a classificação para o mata-mata
da Libertadores.
Com a vitória, os gremistas vão a 11 pontos e
reassumem a ponta do Grupo 1. Na última rodada, vão decidir contra o Defensor a
liderança da chave, enquanto o Cerro enfrenta o Monagas. As partidas estão
marcadas para quarta-feira, dia 23. Antes disso, o Grêmio encara o
Paraná, no domingo, pelo Campeonato Brasileiro.
Tricolor controla, mas não acha o gol
O domínio tricolor foi quase completo, na
primeira etapa. Mesmo com dificuldade de tocar a bola, com um gramado ruim, os
comandados de Renato Portaluppi tomaram a iniciativa do jogo e ficaram perto de
abrir o placar. Um susto, no fim da etapa, parou em mais uma grande defesa do
guardião da meta Marcelo Grohe.
Logo aos seis minutos, Alisson perdeu grande
oportunidade. Cortez evitou a saída de bola na linha de fundo e cruzou com
qualidade no segundo pau. O atacante chegou de primeira, com o goleiro já
batido, mas pegou de canela e isolou. O Monagas respondeu numa bola longa, que
Javi Garcia desviou de cabeça, direto para fora.
Antes dos
10 minutos, Alisson sentiu uma lesão muscular e teve que ser retirado de maca
para a entrada de Maicosuel. O atacante entrou ligado no jogo e quase anotou
aos 12. Ele fez uma tabela com Thonny Anderson e chutou forte, tentando o
ângulo esquerdo. Caprichosamente explodiu na defesa. A combinação da dupla
quase gerou o gol aos 25. Maicosuel lançou Thonny de cara para a meta e o
garoto bateu firme. Só que a bola desviou no gramado ruim e saiu à direita do
poste.
O
Tricolor ainda teve um golaço sonegado aos 31 minutos. Ramiro tinha sido
derrubado rente à área, pela direita. Cícero foi para a cobrança e bateu com
muita qualidade. A bola desenhou um arco perfeito, mas carimbou a trave direita.
Os venezuelanos só conseguiram responder aos 44, num contragolpe. Na base do
abafa, a bola foi batendo em diversos jogadores e sobrou para Romero. Da marca
penal, ele encheu o pé, buscando o canto esquerdo, mas Marcelo Grohe voou
certeiro e fez a defesaça, mantendo o zero no placar antes do intervalo.
Pressão até vencer
A segunda
etapa começou no mesmo ritmo da primeira. Grêmio inteiro no campo do Monagas,
que se defendeu do jeito que podia contra as constantes investidas na busca do
gol gremista. No primeiro minuto, Cortez foi lançado por Ramiro, driblou um
zagueiro e bateu forte para a área. Trejo pegou de rosca na bola e quase fez
gol contra. Três minutos depois, o lateral recebeu na área de Maicosuel e caiu
pedindo pênalti, a arbitragem mandou seguir.
A
pressão tricolor aumentou e Baroja teve que começar a trabalhar a valer. Aos
12, Ramiro levantou no capricho para a área e Geromel completou de cabeça para
o gol, o goleirão voou certeiro no canto direito para catar firme. No lance
seguinte, Cícero recebeu na entrada da área. De costas, ele dominou levantando
a bola e finalizou de voleio, mas Baroja fez mais uma boa defesa. O
meio-campista voltou a testar o arqueiro venezuelano aos 19, com um chute forte
do meio da rua, que pegou efeito e não entrou por conta de nova intervenção.
Aí, o
Grêmio tentou até marcar. Aos 23, Ramiro carimbou sua faixa de destaque do
jogo. Recebeu na intermediária e bateu cruzado. A bola passou rasteira por dois
marcadores e Baroja saltou atrasado, vendo passar sob seu corpo e morrer o 1 a
0 no fundo das redes.
O
Monagas foi para o tudo ou nada e, aos 35, obrigou Marcelo Grohe a fazer um
daqueles milagres que valem um gol. Cádiz foi lançado na área e chutou a dois
passos do gol. Parecia que não tinha jeito, mas num milésimo de segundo, Grohe
voou no canto certo e espalmou para manter a vitória gremista.
Aos
46, um acidente de percurso quase botou tudo a perder. Kannemann tentou afastar
um cruzamento rasteiro e chutou contra o próprio gol. A bola ainda atingiu o
travessão e o poste esquerdo antes de entrar para o 1 a 1. Só que o Grêmio
foi para cima com tudo e, aos 48 conseguiu o que precisava. Cícero foi lançado
na área, dominou no peito e levou um coice do zagueiro. Pênalti bem marcado. A
escolha de Jailson surpreendeu na batida, mas o volante chutou com imensa
qualidade. Guardou um chute fortíssimo, rente ao poste esquerdo e correu para o
abraço com o 2 a 1. Que venham as oitavas de final.
Libertadores
- Grupo 1
Monagas 1
Alain
Baroja; Ismael Romero, Lucas Trejo, Roberto Chacón (Palácios) e Óscar González;
Javier García, Agnel Flores e Carlos Suárez; Luis González, Jhonder Cádiz e
Christian Flores (Reyes). Técnico: Jhonny Ferreira.
Grêmio 2
Marcelo
Grohe; Madson (Lima), Pedro Geromel, Kannemann e Cortez; Michel, Jailson,
Ramiro, Cícero e Alisson (Maicosuel); Thonny Anderson (Thaciano). Técnico:
Renato Gaúcho.
Gols: Ramiro
(23min/2ºT) e Jailson (51min/2ºT), para o Grêmio; Kannemann (46min/2ºT,
contra), para o Monagas.
Cartões amarelos: Madson,
Javier García, Óscar González, Christian Flores.
Árbitro:
Fernando Rapallini (Fifa/Argentina).
Local: estádio
Monumental, em Maturín (Venezuela).
Bernardo Bercht
Correio do Povo
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