Comando das
forças de segurança pública no Estado ficará a cargo do Exército
Temer assinou a intervenção das Forças Armadas
na área de segurança do Rio de Janeiro
Foto: Beto Barata / PR / CP
O presidente Michel Temer discursou no Palácio do
Planalto após assinar a intervenção das Forças Armadas na
área de segurança do Rio de Janeiro. O chefe do Executivo nacional justificou a medida em
virtude do "crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro".
De acordo com o presidente "é uma metástase que se espalha pelo País e
ameaça a tranquilidade do nosso povo". O governador do Estado, Luiz
Fernando Pezão, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
também participaram da cerimônia.
Desde o
início desta manhã, a cúpula do Exército esteve reunida em Brasília discutindo
detalhes da intervenção. Com a medida, o comando das forças de segurança
pública do Rio de Janeiro ficará a cargo do Exército. "As forças armadas
estarão unidas. Nossos presídios não serão mais escritórios de bandidos, nem
nossas praças continuarão a ser salão de festa para o crime organizado",
destacou Temer.
O
presidente afirmou que o governo irá manter a ordem. Segundo Temer,
"quando a reforma da Previdência estiver pronta para ser votada, vou
cessar a intervenção".
O
governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, reconheceu que sem o apoio do governo
federal não conseguiria vencer "a luta contra a criminalidade".
"Só com a Polícia Militar e Civil, não estamos conseguindo deter a guerra
entre facções no nosso estado. Ainda tem um componente grave, que são as
milícias. Para momentos extremos, como estamos vivenciando, precisamos muito
dessa intervenção", afirmou.
Reforma
da Previdência
Temer
disse que Maia e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), darão
continuidade à tramitação da reforma da Previdência. "Quando ela estiver
para ser votada - segundo a avaliação do Legislativo -, farei cessar a
intervenção. O trabalho de segurança federal no Rio será mantido sem alteração
durante esse período", afirmou.
O
presidente lembrou que a Constituição autoriza a intervenção para manter a
ordem pública e enfatizou que a medida tem vigência imediata. O decreto será
enviado ainda nesta sexta-feira, 16, hoje ao Congresso. "Nós que já
resgatamos o progresso no nosso País e retiramos o Brasil da maior recessão da
história, agora vamos restabelecer a ordem. Sei tratar-se de uma medida
extrema, mas muitas vezes o País está a demandar medidas extremas para pôr
ordem às coisas", concluiu.
Correio do Povo e AE
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