quinta-feira, 24 de março de 2011

Santo Antônio do Içá/AM

Vereadores são investigados por crimes de falsidade, formação de quadrilha e improbidade administrativa

     A Polícia Federal do Amazonas está investigando um esquema de fraude envolvendo oito dos nove vereadores da Câmara Municipal de Santo Antônio do Içá (município distante 878 quilômetros de Manaus). No inquérito instaurado pela PF, os parlamentares são acusados de falsidade ideológica, improbidade administrativa e formação de quadrilha porque teriam utilizado contracheques falsos para conseguir aumentar a margem de empréstimos junto à Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB).
     Além dos vereadores, um grupo de 20 pessoas também teria se beneficiado da mesma prática. Fontes do acrítica.com disseram que o grupo se apresentou nos bancos como sendo funcionários da Câmara Municipal de Santo Antônio do Içá com o objetivo de também conseguir os empréstimos, o problema é que nenhum dos ‘servidores’ pertenciam aos quadros da Casa Legislativa. “Tem gente que é funcionário da Prefeitura. Pessoas que trabalham como enfermeiros, agentes de saúde”, disse a fonte.
     O presidente da Câmara, vereador Jackson Ferreira Magalhães (PT), é apontado como o ‘manda-chuva’ do esquema.
     Na terça-feira (22), uma equipe da Delegacia de Crimes Fazendários da Policia Federal saiu de Manaus e esteve no município para registrar o depoimento da maioria dos envolvidos.
     Agentes da PF estiveram na Câmara Municipal de Santo Antônio de Içá e convidaram todos os nove vereadores a prestar informações à PF. Os depoimentos ocorreram na base “Garatéia” que a PF mantém na cidade. Apenas dois vereadores não foram ouvidos. Jackson Magalhães e José Gouvea (PR) deverão prestar depoimento na sede da Polícia Federal em Manaus nos próximos dias.
     Segundo denúncia encaminhada a PF, o presidente da Câmara teria reunido os vereadores  em janeiro de 2009 e informado aos parlamentares que iria alterar de R$ 3.200,00 para R$ 5.200,00 o valor do salário dos vereadores no contra-cheque para que os colegas tivessem a oportunidade de conseguir junto aos bancos empréstimos com valores mais altos.
     “Muitos deles saíram quebrados da campanha de 2008 e tiveram que recorrer aos bancos para conseguir um fôlego”, declarou a fonte.
     A Polícia Federal não informou o montante de dinheiro requisitado pelos vereadores junto aos bancos. Fonte: Jornal A Critica de Manaus

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