Créditos: Divulgação/MPF
O julgamento do homicídio
ocorrido durante conflito indígena na aldeia de Ventarra, em Erebango, ainda em
fevereiro de 2015, foi concluído na madrugada desta quarta-feira (13), em
Erechim. O Conselho de Sentença, formado por sete jurados da comunidade regional
do Alto Uruguai, condenou os réus Odimar da Silva, Fabrício Braga Junior,
Silmar Candinho e Gilnei Candinho pelo homicídio, qualificado por meio cruel,
da vítima Louritã Manoel Antônio, à época com 37 anos. Os quatro réus receberam
penas de 15, 12, 15 e 6 anos, respectivamente.
Apesar de o Ministério
Público Federal (MPF) requerer a prisão imediata dos três primeiros
sentenciados, o juiz-presidente da sessão indeferiu o pedido e permitiu que
todos os quatro réus recorram em liberdade. Um dos argumentos utilizados pelo
MPF para pedir a prisão seria a continuidade da prática de atos de violência na
Terra Indígena de Ventarra pelos réus, com fechamento de posto de saúde e de
escolas.
Ao final do julgamento, a
procuradora da República Letícia Benrdt e o procurador da República Gustavo
Torres Soares, coordenador do Grupo de Apoio do Tribunal do Júri no MPF,
consignaram: “Todos os atores envolvidos, especialmente os atentos jurados da
comunidade regional, cumpriram bem seus papéis.” Os dois procuradores da
República ressaltaram ainda que este julgamento é muito simbólico para a
comunidade do Alto Uruguai, no sentido de repúdio à violência nas terras
indígenas e de valorização da vida.
*Com informações do MPF e
Atmosfera Online
Por Mateus Pirolli
Rádio Uirapuru | Passo
Fundo
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