Força-tarefa da Lava Jato prende o ex-presidente
Michel Temer
A força-tarefa da Lava Jato prendeu o
ex-presidente Michel Temer na manhã desta quinta-feira em São Paulo. Três
carros descaracterizados deixaram a casa do presidente, no Alto de Pinheiros.
Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia, foi detido hoje no Rio de
Janeiro. O ex-ministro Eliseu Padilha também é alvo da operação.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo
Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Temer foi encaminhado à sede da
PF em São Paulo e passou por exame de corpo delito e agora segue para o Rio de
Janeiro, cidade onde foram originados os mandados de Bretas.
Delações
de Sobrinho e Funaro
A operação de hoje é decorrente da Operação
Radioatividade. A investigação tem como base as delações do empresário José
Antunes Sobrinho, ligado à Engevix, e do corretor Lucio Funaro.
No ano passado, Funaro entregou à
Procuradoria-Geral da República informações complementares do seu acordo de
colaboração premiada. Entre os documentos apresentados estão planilhas que,
segundo o delator, revelam o caminho de parte dos R$ 10 milhões repassados pela
Odebrecht ao MDB na campanha de 2014.
De acordo
com a Polícia Federal, Sobrinho fala em seu acordo sobre “pagamentos indevidos
que somam R$ 1,1 milhão, em 2014, solicitados por João Baptista Lima Filho e
pelo ministro Moreira Franco, com anuência do Excelentíssimo Senhor Presidente
da República Michel Temer, no contexto do contrato da AF Consult Brasil com a
Eletronuclear”.
Os valores,
segundo o delator, teriam sido depositados em conta corrente em nome da empresa
PDA Projeto, que tem o coronel Lima, amigo de Temer, e sua esposa, Maria Rita
Fratezi, por meio de um contrato simulado com a Alumi Publicidade.
O outro
lado
Já Daniel Gerber, advogado de Eliseu Padilha,
nega que seu cliente seja alvo da operação e que "duvida" de que o
nome dele esteja nas investigações. A reportagem do R7 entrou em contato com o
advogado Brian Prado, que defende o ex-presidente, e ele disse que a defesa não
teve acesso à decisão até o momento. Já o advogado Eduardo Carnelós, que também
defende Temer, afirmou a "O Estado de S. Paulo" que a prisão do
ex-presidente "é uma barbaridade".
Por AE
Correio do Povo
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