Colégio Rosário,
que pertence à rede Marista, teve segurança reforçada na manhã de hoje
Uma suposta ameaça
de ataque a uma escola da rede Marista, divulgada nessa quarta-feira em grupos
de WhatsApp, deixou professores, pais e alunos em alerta. Nesta quinta-feira,
cinco colégios e 12 unidades sociais do grupo amanheceram com segurança
reforçada em Porto Alegre.
O Colégio Rosário, por exemplo, localizado no
Centro da cidade, recebeu apoio de policiais militares e civis fortemente
armados. Além disso, a própria escola designou mais seguranças particulares
para proteger o local de um eventual ataque. Nas proximidades, uma viatura da
Polícia Civil foi estacionada. Integrantes do 9º Batalhão de Polícia Militar
(BPM) e da 1ª Delegacia de Polícia e Proteção à Pessoa foram deslocados até o
Rosário.
Uma aluna disse que todos estão assustados com as
ameaças. "Na minha turma, apenas oito pessoas vieram para a aula e eu
acabei saindo mais cedo", relatou. "Mas me sinto mais tranquila com a
segurança policial", acrescentou ela.
Um pai, que não quis se identificar, relatou que
tem três filhas estudando no Colégio Rosário e se mostrou preocupado com a
suposta ameaça. "A gente acompanhou a tragédia de Suzano e as que
eventualmente ocorrem ao redor do mundo. Passa tudo isso pela cabeça e ficamos
preocupados", explicou.
Ele comentou que a suposta ameaça circulou em
grupos de WhatsApp e saudou o fato da direção do Rosário já estar a par dos
fatos. "Ocorreu tudo ontem à noite. Entramos em contato com a direção e
eles já estavam sabendo. Tem pais que são da Polícia Federal e da Brigada
Militar e que já alertaram as instituições. A gente não sabe, às vezes pode ser
só graça, alguém atrás de um computador, mas pode ser uma coisa séria",
ponderou.
A ameaça
No texto,
divulgado em grupos de WhatsApp, acompanha imagens de uma arma, um revólver
aparentemente calibre 38. De acordo com a Polícia Civil, o caso está sendo
investigado e a imagem é de uma arma que circula na internet desde 2012. De
acordo com o delegado da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos, André
Anicet, a imagem leva a crer que se trata de uma falsa ameaça. Ainda assim, ele
garante que a polícia está investigando o caso e que “será dada toda atenção
necessária ao caso.”
Ufrgs e a
ameaça de atentado
A Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) também foi alvo de ameaças de um atentado. Na ocasião, integrantes de um fórum da Deep Web mencionaram a
hipótese de um ataque no Campus do Vale. Agentes da Polícia Federal e até
da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) foram mobilizados. No dia
seguinte, dia 21 de março, a
segurança no local foi reforçada pela Brigada Militar. Alunos, porém, relataram
preocupação com a ideia de um ataque na instituição.
Roca
Sales
Há uma semana,
uma adolescente, de 17 anos, foi
apreendida como suspeita de orquestrar um ataque contra uma escola de Roca Sales, no Vale do
Taquari. O alvo seria a Escola Estadual de Educação Básica Padre Fernando.
Conforme o titular da Delegacia de Polícia da cidade, delegado Alex Assmann,
ele foi acionado por uma professora. “Ela entrou em contato com a informação de
que uma aluna teria uma arma e estaria planejando alguma coisa na escola”,
explicou na ocasião.
A docente foi
alertada por uma estudante, amiga da garota apreendida, que havia recebido
mensagens via WhatsApp com fotos de uma arma de fogo e referências a um
atentado. Além da adolescente, uma pistola 9mm foi apreendida pela Polícia
Civil.
Por Correio do
Povo
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