Nesse domingo (23), a Polícia Civil, deflagrou a
operação Matriarcado, em combate aos crimes de homicídio, organização
criminosa, tortura e corrupção de menores. Durante o cumprimento de 21 mandados
de Prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão, dez pessoas foram
presas, bem como objetos que estão relacionados com o crime foram apreendidos.
Segundo o delegado Guilherme Gerhardt, titular da
1ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Pessoas Desaparecidas (DPHPP), a
investigação identificou 23 membros do grupo criminoso responsável pela tortura
e execução de um homem, que teria sido integrante desse mesmo grupo, mas que
após suspeita de haver violentado a própria filha, foi torturado e executado
pelo grupo.
"Durante as diligências foram identificados 22
adultos e um adolescente que ao saberem um homem havia sido autor do estupro da
própria filha, formaram um tribunal do crime, julgaram, torturaram e o
executaram a luz do dia e à vista de todos. Havia crianças nas proximidades,
famílias e crianças, e os criminosos executaram o indivíduo ali na frente de
todos. O crime ocorreu de forma muito cruel, após espancarem o indivíduo até
acreditarem que ele estava morto, o deixaram em via pública. Como ele ainda
estava vivo, eles retornaram ao local, prepararam uma estrutura conhecida como
micro-ondas, em que a vítima é colocada dentro de pneus, os quais são
incendiados e atearam fogo, carbonizando a vítima."
A operação foi batizada como Matriarcado pois uma
mulher identificada como madrinha e a pessoa que tem voz de comando naquele
grupo, seria a mandante da execução. "Ela é companheira do
Alemão Márcio, e como ele está preso, ela comanda todas as ações
desenvolvidas na área e nada acontece sem que ela autorize."
Todos adulto estão sendo indiciados pela prática dos
crimes de Organização Criminosa, Tortura, Homicídio Triplamente Qualificado e
Corrupção de Menores.
A operação contou com a participação de mais de
230 policiais, 65 viaturas, apoio aéreo do helicóptero da Polícia Civil e apoio
terrestre pelas equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE). Foram
apreendidas roupas utilizadas pelos criminosos no dia da execução e munição,
entre outros objetos.
Fabiano Costa
Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul
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