Promotor solicitou ao MP para que a remoção somente fosse
efetivada após a conclusão do júri do Caso Bernardo (Foto: MP/Divulgação)
O promotor Bruno Bonamente,
responsável pelo Ministério Público (MP) da comarca de Três Passos, confirmou
na noite de sexta-feira, com exclusividade para a Rádio Alto Uruguai, que a sua
atuação no júri do Caso Bernardo pode ter sido um dos últimos trabalhos dele à
frente da comarca. Em abril ele estará assumido um novo desafio, na cidade de
Marau.
Bruno Bonamente pediu remoção
para a comarca de Marau no início do ano, mas solicitou ao MP para permanecer
mais alguns meses para poder concluir o trabalho do Caso Bernardo. “Foram quase
cinco anos em Três Passos e eu sentia que não poderia sair da comarca sem antes
dar o fechamento a este caso”. Bruno responderá pelo MP de Três Passos até o
dia 31 de março.
Sobre a sentença anunciada pelo
poder judiciário após cinco dias de júri, o promotor Bruno disse que “a
satisfação e a sensação de dever cumprido é enorme. Era um caso de extrema
repercussão nacional e nós nos empenhamos ao máximo e acreditamos que fizemos o
melhor trabalho possível”, sublinhou.
Durante o júri do Caso
Bernardo, ele atuou ao lado dos também promotores de justiça, Ederson Vieira,
da comarca de Lajeado, e Silvia Jappe, da comarca de Santiago. De acordo com
Bonamente, o apoio dos dois promotores Justiça se deveu por três razões: pelo
volume de informações do processo (44 volumes, com mais de 9 mil páginas), pelo
tempo que perduraria o julgamento e, finalmente, pela intensidade esperada nos
debates.
Para o procurador-geral de
Justiça, Fabiano Dallazen, este foi um julgamento que honra as tradições do
Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul. Destacou, ainda, que o
trabalho desempenhado em Três Passos demonstra a grande gama de promotores de
Justiça competentes, aguerridos e intelectualmente bem preparados. “Estão de
parabéns os colegas Bruno, Silvia e Ederson, que atuaram com competência,
dedicação e afinco para realização da justiça, que sociedade do Estado do Rio
Grande do Sul reclama. O Ministério Público reitera a sua confiança na justiça
e na instituição do Tribunal do Júri”, ressaltou o procurador.
Fonte: Rádio Alto Uruguai
Nenhum comentário:
Postar um comentário