Edelvânia passou mal durante o depoimento. (Foto: Reprodução/TJ
RS)
Edelvânia Wirganovicz começou a
prestar depoimento, nesta quinta-feira, por volta das 11h40min. Ela depôs por
cerca de 40 minutos e respondeu apenas a questionamentos da juíza Sucilene
Engler Werle. No momento em que passaria a responder às perguntas do Ministério
Público, a ré passou mal e a sessão foi interrompida. Edelvânia chegou a cair
no chão. O médico Marcelo Conrad, que prestou atendimento, diz que ela
apresentou quadro de pressão e frequência cardíaca alta, além de ansiedade e
estresse.
Houve a suspensão da sessão
para almoço, por volta das 13h. Edelvânia chegou a retornar, às 14h, para o
salão do júri, porém a defesa anunciou que ela não responderia a nenhum
questionamento. Conforme seus advogados, a ré manifestou sua defesa nas
questões que respondeu e não estaria com as melhores condições de saúde para
seguir com o interrogatório. Dessa maneira, ela sequer respondeu às perguntas
da sua própria defesa, das demais defesas e do MP.
Nos questionamentos
direcionados pela juíza, Edelvânia falou rapidamente sobre a infância no
interior e, em seguida, passou a relatar a sua versão sobre a morte de
Bernardo. De pronto ela disse que não matou Bernardo. O medicamento Midazolam
foi comprado por ela, a pedido de Graciele. Edelvânia negou a compra de soda
cáustica. Ela admitiu, porém, a compra da pá.
A ré afirmou que o menino
morreu após Graciele dar uma superdosagem de medicamentos. Edelvânia disse que
pediu para levar o menino ao hospital. Após Graciele constatar, por meio da
pulsação, que Bernardo havia morrido, Edelvânia disse que iria à delegacia.
Nesse momento, porém, Graciele teria dito que até poderiam ir na polícia, mas
que a culpa recairia sobre a própria Edelvânia “porque eu era uma pessoa
pobre”, relatou a ré.
Edelvânia contou que Graciele
pediu para que ela lhe ajudasse a esconder o corpo e, por isso, decidiu ir ao
interior fazer uma cova. “Eu fiz a cova, somente eu, e botaram a culpa no meu
irmão. Eu trabalhei até os 17 anos na lavoura, eu tenho força”, alegou
Edelvânia. Graciele teria oferecido dinheiro à Edelvânia para que não contasse
a ninguém sobre a morte ou o local onde teriam enterrado o menino.
A ré também afirmou que foi
trazida pela polícia para Três Passos, no dia 14 de abril de 2014, mas que
teria sido coagida no depoimento pela delegada Cristiane. A polícia teria dito
que, se ela ajudasse a desvendar o caso, nem seria processada. “A delegada me
coagiu”, afirmou. Edelvânia disse que era ditado pra ela o que precisava falar.
Fonte: Rádio Alto Uruguai
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