Confusão na Câmara envolveu agentes de segurança
e servidores municipais
Foto: Elson Sempé Pedroso
/ CMPA
Um confronto entre servidores públicos, guardas
municipais e policiais militares deixou sete feridos, segundo as duas partes,
na tarde desta segunda-feira, na área externa da Câmara Municipal de Porto
Alegre, onde o plenário tenta votar o projeto da Prefeitura que modifica o
plano de carreira da categoria. A Secretaria Municipal da Saúde informou que
sete servidores deram entrada no Hospital de Pronto Socorro (HPS), sendo quatro
homens e três mulheres, entre elas uma fotógrafa da Câmara, todos eles atingidos
pelas balas de borracha.
De acordo com a Guarda Municipal, a Brigada
Militar jogou pelo menos cinco bombas de efeito moral e usou balas de borracha
depois que servidores do lado de fora tentaram invadir o prédio, forçando
portões e jogaram pedras contra os seguranças patrimoniais da Casa. Dentro do
plenário, a Presidência da Câmara assegurou 115 vagas para pessoas favoráveis
ao projeto e 115 para os contrários à proposta, mas o número de servidores que
compareceu ao local era bem maior. Em função da votação, os servidores entraram
hoje em greve, por tempo indeterminado.
Mais cedo, o vereador Marcelo Sgarbossa (PT)
protocolou um requerimento de adiamento da votação, que dependia de 19 votos
para ser aprovado. Dos 36 vereadores, 22 votaram contra o pedido e, por isso, a
sessão continua. A estimativa é de que ela se estenda até a madrugada. Pelo
menos 20 emendas foram protocoladas ao projeto. Todas devem ser discutidas uma
a uma antes da votação final.
Também hoje, o Tribunal de Justiça rejeitou
pedido da oposição para protelar a votação do projeto. A Justiça entendeu que o
recurso chegou fora do prazo.
A base do prefeito Nelson Marchezan Jr. depende
de 19 votos para aprovar o texto. O governo calcula que conta com o com apoio
de pelo menos 20 vereadores.
A sessão ordinária vai até as 18h45min, podendo
ser prorrogada por duas horas. Após, vereadores devem convocar sessão
extraordinária, com até mais quatro horas de duração. A expectativa é de que o
plenário não seja esvaziado até que o projeto seja votado.
Por Jessica
Hübler e Lucas Rivas
Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário