Cláudia Hartleben e Mirella Pinto da Mota Gomes
não foram mais vistas no Sul do Estado
O Ministério Público informou, nesta terça-feira,
que pediu o arquivamento de dois casos de desaparecimento em Pelotas, no Sul do
Estado. Foram arquivados os inquéritos referentes à professora da Universidade
Federal de Pelotas, Cláudia Pinho Hartleben, e da universitária Mirella Gomes.
Conforme o promotor José Olavo Bueno dos Passos, o pedido ocorre porque todas
as pistas foram exauridas sem a localização das desaparecidas.
No caso
da médica veterinária e professora universitária, o desaparecimento ocorreu em
abril de 2015. No dia do sumiço, ela saiu da UFPel e passou na casa de uma
amiga e depois seguiu para a própria residência. Não chegou lá e não foi mais
vista. “Continuamos procurando o corpo da professora Cláudia, analisamos as
imagens que mostravam o carro dela, mas não se teve comprovação de que ela
estava no veículo. Neste momento não há que fazer porque não há novas provas e
não se pode ficar com um caso infinitamente aberto. Caso surja nova prova, a
investigação poderá ser reaberta”, argumentou o promotor.
Em dezembro daquele ano, o Ministério Público em
Pelotas denunciou o ex-marido da docente João Morato Fernandes e o filho do
casal João Félix Hartleben por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e
feminicídio. A denúncia foi embasada em contradições nos depoimentos do jovem e
em informações de uma ocorrência de agressão, registrada por Cláudia contra o
ex-companheiro. A Justiça não aceitou a denúncia. “Para a promotoria a autoria
é clara, mas o Judiciário não aceitou, portanto não podemos dar
prosseguimento”, complementou Passos.
Outro caso arquivado foi o da universitária
Mirella Gomes, desaparecida em julho do ano passado. A jovem foi vista pela
última vez após ser deixada pelo pai e pela irmã gêmea em um dos prédios da
universidade federal. Uma das possibilidades é que ela tenha morrido afogada,
já que no mesmo dia uma testemunha disse que viu uma pessoa se jogando nas
águas do canal São Gonçalo, em Pelotas. No entanto, nenhum corpo foi
encontrado. O promotor de Justiça reafirmou que ambas investigações podem ser
reabertas se novos fatos ou pistas surgirem.
Por
Rádio Guaíba
Correio
do Povo
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