terça-feira, 19 de março de 2019

MP arquiva casos de desaparecimento de professora e universitária em Pelotas

Corpo das vítimas não foi localizado e pistas foram exaurida, argumenta promotoria

Cláudia Hartleben e Mirella Pinto da Mota Gomes não foram mais vistas no Sul do Estado
   Cláudia Hartleben e Mirella Pinto da Mota Gomes não foram mais vistas no Sul do Estado

O Ministério Público informou, nesta terça-feira, que pediu o arquivamento de dois casos de desaparecimento em Pelotas, no Sul do Estado. Foram arquivados os inquéritos referentes à professora da Universidade Federal de Pelotas, Cláudia Pinho Hartleben, e da universitária Mirella Gomes. Conforme o promotor José Olavo Bueno dos Passos, o pedido ocorre porque todas as pistas foram exauridas sem a localização das desaparecidas.

No caso da médica veterinária e professora universitária, o desaparecimento ocorreu em abril de 2015. No dia do sumiço, ela saiu da UFPel e passou na casa de uma amiga e depois seguiu para a própria residência. Não chegou lá e não foi mais vista. “Continuamos procurando o corpo da professora Cláudia, analisamos as imagens que mostravam o carro dela, mas não se teve comprovação de que ela estava no veículo. Neste momento não há que fazer porque não há novas provas e não se pode ficar com um caso infinitamente aberto. Caso surja nova prova, a investigação poderá ser reaberta”, argumentou o promotor.

Em dezembro daquele ano, o Ministério Público em Pelotas denunciou o ex-marido da docente João Morato Fernandes e o filho do casal João Félix Hartleben por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e feminicídio. A denúncia foi embasada em contradições nos depoimentos do jovem e em informações de uma ocorrência de agressão, registrada por Cláudia contra o ex-companheiro. A Justiça não aceitou a denúncia. “Para a promotoria a autoria é clara, mas o Judiciário não aceitou, portanto não podemos dar prosseguimento”, complementou Passos.

Outro caso arquivado foi o da universitária Mirella Gomes, desaparecida em julho do ano passado. A jovem foi vista pela última vez após ser deixada pelo pai e pela irmã gêmea em um dos prédios da universidade federal. Uma das possibilidades é que ela tenha morrido afogada, já que no mesmo dia uma testemunha disse que viu uma pessoa se jogando nas águas do canal São Gonçalo, em Pelotas. No entanto, nenhum corpo foi encontrado. O promotor de Justiça reafirmou que ambas investigações podem ser reabertas se novos fatos ou pistas surgirem.


Por Rádio Guaíba
Correio do Povo

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