O depoimento durou cerca de 1h20min. (Fotos: Thomás
Silvestre/Rádio Alto Uruguai)
No terceiro dia de julgamento
do Caso Bernardo são ouvidas testemunhas arroladas pela defesa de Leandro
Boldrini. O primeiro a ser inquirido foi Luiz Omar. A esposa da testemunha
trabalhou na casa de Leandro na época em que Odilaine Uglione, mãe de Bernardo,
ainda era viva. Luiz também realizou trabalhos de serviços gerais no Hospital
de Caridade, bem como na residência e propriedade rural de Leandro Boldrini. O
depoimento durou cerca de 1h20min.
A testemunha relatou que detém
uma propriedade próxima às terras que Leandro havia adquirido na localidade de
Erval Novo, interior de Três Passos, e que algumas vezes presenciou o
relacionamento do pai com o filho. Luiz
disse que sempre notou um tratamento normal entre os dois. Ele
informou que ficava surpreso com a forma moderada com que Leandro chamava a
atenção do filho. A defesa tentou demonstrar que o médico tinha um bom
relacionamento com o filho, era um profissional respeitado na cidade e um homem
bastante simples, apesar da condição financeira privilegiada.
Ao ser questionado pela defesa
de Edelvânia, a testemunha pediu que o advogado Jean Severo baixasse o tom da
voz. O advogado rebateu dizendo que faria seu trabalho desta forma. A
testemunha retrucou dizendo que quem grita não tem argumentos. O advogado disse
que quem falava como a testemunha mentia. O bate-boca gerou interrupção no júri
a pedido da juíza.
Conforme a testemunha, sua
esposa contou para Leandro que a então mulher do médico, Odilaine, mantinha um
caso extraconjugal. A reação de Leandro, ao saber disso, teria sido tranquila,
o que lhe impressionou. Ainda, conforme o depoimento, Bernardo teria dito à esposa da
testemunha que Graciele tentou lhe estrangular enquanto dormia. Luiz
Omar disse que preferiu não falar a respeito por medo de processo e para não
incomodar Leandro: “eu queria me afastar”.
No início do depoimento, a
juíza teve que suspender a sessão em função de que uma das testemunhas que
aguardava para depor relatou estar com pressão alta. Neste início de terceiro
dia, conforme a juíza, as testemunhas demonstram bastante impaciência e
cansaço. Ela lembrou que as testemunhas, assim como os jurados, estão
incomunicáveis desde o início do júri.
Fonte: Rádio Alto Uruguai
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