Evandro mudou sua versão quando foi prestar depoimento através
do aparelho detector de mentiras. (Foto: Reprodução/TJ RS)
O último réu do Caso Bernardo a
depor, Evandro Wirganovicz, iniciou o breve depoimento de 20 minutos por volta
das 14h30min. Em suma, ele negou qualquer participação no homicídio e ocultação
de cadáver. A defesa comunicou ao juízo que o réu responderia somente questões
formuladas pela juíza, pelos jurados e pelas defesas, não respondendo a
perguntas do Ministério Público.
Evandro alega que estava de
férias e pescava naquele local em que seu carro foi visualizado por um
ex-policial militar que anotou a placa do veículo. Ele negou à polícia que
estava próximo ao local onde o corpo de Bernardo foi enterrado, no primeiro
depoimento, porque estava com medo de ser envolvido de alguma maneira nesse
caso. Evandro mudou sua versão quando foi prestar depoimento através do
aparelho detector de mentiras.
Após ser questionado pela
juíza, Evandro respondeu perguntas de seu advogado, Luiz Geraldo Gomes dos
Santos. Evandro chorou ao ser questionado sobre seus filhos. “É muito difícil.
Quando fui preso minha filha tinha três meses. Hoje está com cinco anos”, diz
Evandro.
No fim, Evandro se dirigiu aos
jurados e implorou: “Você imagina, ficar cinco anos preso sem ter feito nada.
Eu tenho orgulho de ser quem eu sou. Quero contar aos meus filhos tudo que
aconteceu, tudo que o pai deles passou. Quero que eles tenham orgulho do pai deles.
Deus sabe tudo, é o que importa pra mim, o resto não importa”, diz.
“Pelo amor de Deus, eu não
devo. Vocês devem ser pai, pensem no sofrimento. Minha esposa me deixou. Graças
a Deus meus filhos tem saúde. Pelo amor de Deus! Não sou contra a Justiça. Quem
fez sabe que tem que pagar. Eu não devo, eu não fiz!”, se defende Evandro.
Após suspensão breve nos
trabalhos, houve o início dos debates orais.
Fonte: Rádio Alto Uruguai
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