Mladic é acusado de genocídio, extermínio,
deportação e atos desumanos, entre outros crimes
de guerra (Foto: AP)
O ex-comandante do Exército sérvio-bósnio Ratko Mladic foi retirado à força nesta segunda-feira de uma audiência no tribunal para crimes de guerra de Haia, na Holanda, após discutir com o juiz.
Mladic foi retirado do local após interromper continuamente os procedimentos do tribunal.
O juiz Alfons Orie recusou um pedido do advogado de defesa de Mladic, indicado pela própria corte, para um adiamento da sessão, na qual o réu teria que se declarar culpado ou inocente das acusações.
Mladic tentou falar várias vezes no começo da audiência, mas o juiz pediu que ele se mantivesse em silêncio e aguardasse a permissão para falar.
Ele foi repreendido por Orie por falar fora de hora e por se comunicar com o público que assistia ao julgamento das galerias.
Mladic então se recusou a formalizar uma declaração após ver negado seu pedido para mudar de advogado.
Pouco após os guardas acompanharem Mladic para fora da corte, ele gritou para Orie: 'Vocês querem impor minha defesa. Que tipo de corte é esta?'
Acusações
Após Mladic ser retirado do tribunal e de uma breve pausa no julgamento, o juiz leu as 11 acusações contra ele, incluindo assassinato e genocídio.
Esta foi a segunda aparição de Mladic no tribunal em Haia. No dia 3 de junho, ele havia dito estar 'gravemente doente' e afirmou que as acusações contra ele eram 'ofensivas'.
Na ocasião, ele também havia optado por não se declarar culpado ou inocente. O juiz havia dado um mês de prazo para que ele o fizesse, mas diante da segunda negativa, nesta segunda-feira, o juiz considerou sua declaração como de inocência.
Preso no final de maio na Sérvia, Mladic é acusado de genocídio, extermínio, deportação e atos desumanos, entre outros crimes de guerra cometidos durante a Guerra da Bósnia, entre 1992 e 1995.
Ele é acusado de comandar o massacre de cerca de 7.500 meninos e homens muçulmanos em Srebrenica, em 1995 - maior atrocidade cometida na Europa desde a Segunda Guerra.
Fonte: BBC / G1
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