Para a Justiça de Três
Passos não surgiram provas suficientes que justificassem a reabertura do
inquérito da morte de Odilaine Uglione, mãe de Bernardo Boldrini, solicitado
pelo advogado da avó do menino, Jussara Uglione, que não acredita que a filha
tenha cometido suicídio.
Conforme a polícia,
Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo,
Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010. No inquérito policial, consta
que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clinica. Além disso,
também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa
Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo
conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da
morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga
após o processo de separação do casal.
O advogado Marlon
Taborda alegou que havia falhas na investigação da morte, entre as principais,
estão divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de Odilaine;
existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima; lesões em
Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era
destra; ausência de exame pericial em Boldrini, assinatura fraudada em uma
carta deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que
configuraria um fato novo.
No despacho, o juiz
concluiu que as alegações do advogado Marlon Taborda não são suficientes para a
reabertura do inquérito.
Entenda o caso
Segundo a Polícia Civil,
Odilaine Uglione, esposa de Leandro Bolrini e mãe de Bernardo, teria cometido
suicídio no consultório do médico, em fevereiro de 2010, na cidade de Três
Passos. A família de Odilaine não acredita na versão da polícia e, após a morte
do menino, pediu a reabertura do inquérito policial.
Bernardo Boldrini, de 11
anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos. Na noite de segunda-feira,
14, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen dentro
de um saco plástico e enterrado às margens de um rio. Nesse dia, foram presos o
médico Leandro Boldrini, a madrasta e uma terceira pessoa, identificada como
Edelvania Wirganovicz. Evandro Wirganovicz, irmão de Edilvânia, também foi
preso acusado de participar da ocultação do cadáver. Os quatro foram indiciados
e deverão ir a julgamento.
Fonte: Três Passos News | Foto:
Arquivo Pessoal/Reprodução
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