Governo
da presidente Cristina Kirchner não aceitou termos propostos pelos credores
Ministro da Economia disse que fundos
especulativos recusaram oferta do país
Crédito: Stan Honda / AFP / CP
Crédito: Stan Honda / AFP / CP
A Argentina não chegou a um acordo com os chamados
“fundos abutres”, na reunião dessa quarta-feira em Nova Iorque, e entrará em default, ou
seja, dará calote em sua dívida, renegociada em 2001 e 2005, informou o
advogado Daniel Pollack, encarregado de intermediar as conversas entre as
partes. Isso significa que o governo da presidente Cristina Kirchner não
aceitou os termos propostos pelos holdouts (fundos que não aderiram às reestruturações da
dívida).
“Infelizmente, nenhum acordo foi alcançado e a República da Argentina está iminentemente em default (calote)”, afirmou Pollack em comunicado. Sem o pagamento a esses fundos, o juiz Thomas Griesa, da Corte de Nova Iorque, que arbitrou a disputa, não vai liberar o dinheiro depositado para pagamento de parcela dos vencimentos dos credores que aceitaram a renegociação. Eles deveriam ser pagos até o fim do dia de ontem para que não se configurasse calote técnico.
O ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, disse que os fundos especulativos recusaram a oferta do país que lhes garantiria lucro de 300%. “Os fundos querem mais e agora”, afirmou. Uma sentença da Justiça norte-americana que determina o pagamento aos holdouts bloqueou a parcela da dívida já renegociada com os demais credores.
Segundo o ministro, os fundos também não quiseram aceitar um adiamento de 90 dias pedido pelo governo argentino. Kicillof reiterou que o país não pode oferecer uma oferta diferente da dos outros credores por determinação do contrato de renegociação da dívida. “Se oferecemos mais aos abutres, todo o resto pode reclamar o mesmo”, justificou o ministro. Kicillof repetiu ainda que o país não considera que está em calote técnico. “Se fosse um default, o dinheiro não estaria depositado”, disse, usando um argumento já utilizado pela presidente Cristina Kirchner.
Antes mesmo do anúncio do resultado da reunião, a agência de risco Standard&Poor’s rebaixou a nota de risco do país e considerou que a Argentina já estava em calote. A nota influencia no custo dos empréstimos que o país fará no mercado, ou seja, com a redução, tende a ficar mais caro para o país pedir empréstimos. Kicillof desqualificou a decisão da agência: “Quem crê nas agências de crédito hoje em dia?”.
“Infelizmente, nenhum acordo foi alcançado e a República da Argentina está iminentemente em default (calote)”, afirmou Pollack em comunicado. Sem o pagamento a esses fundos, o juiz Thomas Griesa, da Corte de Nova Iorque, que arbitrou a disputa, não vai liberar o dinheiro depositado para pagamento de parcela dos vencimentos dos credores que aceitaram a renegociação. Eles deveriam ser pagos até o fim do dia de ontem para que não se configurasse calote técnico.
O ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, disse que os fundos especulativos recusaram a oferta do país que lhes garantiria lucro de 300%. “Os fundos querem mais e agora”, afirmou. Uma sentença da Justiça norte-americana que determina o pagamento aos holdouts bloqueou a parcela da dívida já renegociada com os demais credores.
Segundo o ministro, os fundos também não quiseram aceitar um adiamento de 90 dias pedido pelo governo argentino. Kicillof reiterou que o país não pode oferecer uma oferta diferente da dos outros credores por determinação do contrato de renegociação da dívida. “Se oferecemos mais aos abutres, todo o resto pode reclamar o mesmo”, justificou o ministro. Kicillof repetiu ainda que o país não considera que está em calote técnico. “Se fosse um default, o dinheiro não estaria depositado”, disse, usando um argumento já utilizado pela presidente Cristina Kirchner.
Antes mesmo do anúncio do resultado da reunião, a agência de risco Standard&Poor’s rebaixou a nota de risco do país e considerou que a Argentina já estava em calote. A nota influencia no custo dos empréstimos que o país fará no mercado, ou seja, com a redução, tende a ficar mais caro para o país pedir empréstimos. Kicillof desqualificou a decisão da agência: “Quem crê nas agências de crédito hoje em dia?”.
Fonte: ESTADÃO conteúdo
Correio do Povo
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