Posto abriga
cachorros feridos ou doentes há cerca de 15 anos
Dono de posto abriga animais há cerca de 15 anos
Crédito: Fabiano do Amaral
Crédito: Fabiano do Amaral
O posto de combustível Hípica, localizado na
avenida Edgar Pires de Castro, no bairro Hípica, zona Sul de Porto Alegre, tem
cinco hóspedes vivendo em bacias e sob a cobertura de alumínio. Lucas, Tigresa,
Marido, Feia e Tetinha são a alegria dos funcionários e do dono do posto, João
Batista Caberlon. A tristeza fica por conta do sumiço de Luiz, um vira-lata que
tinha 17 anos, desaparecido há três meses. Tem uma foto dele na parede com
“Procura-se” destacado.
O gerente do estabelecimento, Carlos Alberto Casado de Lima Filho, 41 anos, explica que João adota cães de rua há cerca de 15 anos. Costuma pegar os animais que estão abandonados, doentes ou que foram atropelados. “Todos são levados para um veterinário, recebem tratamento, tomam banho e são esterilizados. Alguns são levados para uma ONG que fica na Ponta Grossa”, informa. Lá, estão mais de cem cachorros. Na casa de João, outros 12 animais completam a família adotada.
Quando o posto fecha, os animais são levados para a área dos banheiros, onde ficam trancados e protegidos. Se algum deles quer sair, raspa a porta e o vigia noturno libera o cãozinho. “Eles são dóceis, não brigam, mas passeiam muito durante o dia e voltam para dormir”, revela o gerente Beto.
Lucas é um vira-latas de 3 anos. A aproximação da reportagem o fez procurar a proteção dos funcionários. Tremendo de medo dos flashes, fugiu, reaparecendo depois de 10 minutos. Ele vive há dois anos ali. Chegou com duas doenças de carrapatos, pele e osso, quase morto. Passou uma semana no veterinário para recuperar as forças.
Cada qual em sua bacia
Marido também está desde 2012 vivendo no posto. Ganhou o nome porque sempre protege as fêmeas. Tem traços de Labrador misturado com outras raças. Feia fica ao seu lado, na primeira bacia, sob uma coberta. Ganhou o apelido porque não tem os dentes da frente, mas é uma vira-latas bem bonita.
No corredor dos banheiros, Tigresa dorme completamente tapada. Também é uma vira-latas, mas tem o pelo com listras pretas, e daí o porquê do nome. “Ela chegou com dois fetos mortos dentro da barriga e precisou passar por uma cirurgia. Tem em torno de 3 anos e é a mais preguiçosa de todos.” A pequena e gorda Tetinha, uma mista de vira-latas com Fox, era a única que não estava acomodada em uma bacia. Ela gosta de acompanhar o vigia na ronda. Chegou toda molhada, mas nem por isso parecia triste.
A ausência de Luiz é sentida por todos no posto. Ele foi o primeiro a ser adotado, depois de atropelado por um ônibus. “Ficou atirado no mato do outro lado da avenida e todos pensaram que estava morto. Quando Luiz se levantou e caminhou, o seu João foi lá e levou-o ao veterinário. Depois de anos, foi novamente atropelado, aqui dentro.”
Vigilante visita animais
O vigilante Marcos Guedes, 33 anos, mora perto do posto de combustível e sempre visita os cães. Ele também adotou uma dupla. Ícaro, um Labrador, fica sob os cuidados da vizinha Ivone quando está trabalhando. Chico viveu 18 anos. “Encontrei o Ícaro na estrada quando eu voltava de Belém Novo. Parei o carro e o chamei. Precisei esperar uns 10 minutos para que ele confiasse em mim.”
O gerente do estabelecimento, Carlos Alberto Casado de Lima Filho, 41 anos, explica que João adota cães de rua há cerca de 15 anos. Costuma pegar os animais que estão abandonados, doentes ou que foram atropelados. “Todos são levados para um veterinário, recebem tratamento, tomam banho e são esterilizados. Alguns são levados para uma ONG que fica na Ponta Grossa”, informa. Lá, estão mais de cem cachorros. Na casa de João, outros 12 animais completam a família adotada.
Quando o posto fecha, os animais são levados para a área dos banheiros, onde ficam trancados e protegidos. Se algum deles quer sair, raspa a porta e o vigia noturno libera o cãozinho. “Eles são dóceis, não brigam, mas passeiam muito durante o dia e voltam para dormir”, revela o gerente Beto.
Lucas é um vira-latas de 3 anos. A aproximação da reportagem o fez procurar a proteção dos funcionários. Tremendo de medo dos flashes, fugiu, reaparecendo depois de 10 minutos. Ele vive há dois anos ali. Chegou com duas doenças de carrapatos, pele e osso, quase morto. Passou uma semana no veterinário para recuperar as forças.
Cada qual em sua bacia
Marido também está desde 2012 vivendo no posto. Ganhou o nome porque sempre protege as fêmeas. Tem traços de Labrador misturado com outras raças. Feia fica ao seu lado, na primeira bacia, sob uma coberta. Ganhou o apelido porque não tem os dentes da frente, mas é uma vira-latas bem bonita.
No corredor dos banheiros, Tigresa dorme completamente tapada. Também é uma vira-latas, mas tem o pelo com listras pretas, e daí o porquê do nome. “Ela chegou com dois fetos mortos dentro da barriga e precisou passar por uma cirurgia. Tem em torno de 3 anos e é a mais preguiçosa de todos.” A pequena e gorda Tetinha, uma mista de vira-latas com Fox, era a única que não estava acomodada em uma bacia. Ela gosta de acompanhar o vigia na ronda. Chegou toda molhada, mas nem por isso parecia triste.
A ausência de Luiz é sentida por todos no posto. Ele foi o primeiro a ser adotado, depois de atropelado por um ônibus. “Ficou atirado no mato do outro lado da avenida e todos pensaram que estava morto. Quando Luiz se levantou e caminhou, o seu João foi lá e levou-o ao veterinário. Depois de anos, foi novamente atropelado, aqui dentro.”
Vigilante visita animais
O vigilante Marcos Guedes, 33 anos, mora perto do posto de combustível e sempre visita os cães. Ele também adotou uma dupla. Ícaro, um Labrador, fica sob os cuidados da vizinha Ivone quando está trabalhando. Chico viveu 18 anos. “Encontrei o Ícaro na estrada quando eu voltava de Belém Novo. Parei o carro e o chamei. Precisei esperar uns 10 minutos para que ele confiasse em mim.”
Fonte: Nildo
Júnior / Correio do Povo
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