sexta-feira, 25 de julho de 2014

Após combates, jihadistas matam 50 soldados em emboscada na Síria

Exército Sírio e jihadistas do Estado Islâmico se enfrentam.
Conflitos das últimas 24 horas deixaram 74 mortos; maioria era combatente.

Esquipes de resgate tiram homem síria de escombros nesta sexta-feira (25), depois que um helicóptero, supostamente do governo sírio, jogou um barril bomba no bairro Sakhour, na cidade de Aleppo (Foto: AFP PHOTO / AMC / ZEIN AL-RIFAI)
Equipes de resgate tiram homem sírio de escombros nesta sexta-feira (25), depois que um helicóptero, supostamente do governo sírio, jogou um barril bomba no bairro Sakhour, na cidade de Aleppo (Foto: AFP PHOTO / AMC / ZEIN AL-RIFAI)

Cerca de 50 soldados sírios morreram nesta sexta-feira (25) em uma emboscada dos jihadistas do Estado Islâmico no norte do país, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

No momento da emboscada, os militares realizavam um recuo tático de uma posição na província de Raqa, ao norte, cenário desde a véspera de combates de uma violência sem precedentes entre os dois lados.

Os confrontos das últimas 24 horas entre o exército e os jihadistas do Estado Islâmico (EI) no norte da Síria deixaram 74 mortos, segundo divulgou mais cedo nesta sexta o OSDH. A maioria das vítimas era de combatentes.

O EI, que no final de junho anunciou a criação de um "califado" islâmico entre Síria e Iraque, controla amplas zonas desses dois países e tenta expandir sua hegemonia.

Na véspera, o EI lançou ataques contra as províncias de Raqa (norte), Hasaka (nordeste) e Aleppo (norte), segundo o OSDH, que se baseia em uma rede de fontes civis, médicas e militares.

Em Aleppo, também foi registrada explosão, depois que um helicóptero, supostamente do governo sírio, jogou um barril bomba no bairro de Sakhour.
Este é o primeiro choque desta magnitude entre o EI e o regime. Os dois combatem os insurgentes que há três anos tentam derrubar o presidente Bashar al-Assad.

Na quinta-feira (24), os combates também explodiram pela primeira vez entre rebeldes sírios e combatentes da Al-Nosra, o braço sírio da Al-Qaeda e até agora o principal aliado dos grupos rebeldes islamitas que tentam há mais de três anos derrubar o regime de Assad.

Estes confrontos inéditos tornam mais complexo este conflito entre rebeldes e regime, e agora também entre rebeldes e jihadistas ultrarradicais do EI.

"Os confrontos entre Al-Nosra e os rebeldes começaram no início de julho, mas a batalha mais sangrenta ocorreu há uma semana, na região de Khisr al-Shughur, na província de Idleb (noroeste)", indicou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.

"Esta batalha deixou dezenas de mortos entre as fileiras da Al-Nosra e da Frente de Revolucionários da Síria (FRS), uma coalizão de insurgentes moderados.

A FRS e a Al-Nosra reconheceram os confrontos em suas páginas do Facebook e trocaram acusações mútuas.

Fonte: Da AFP
Do G1 | MUNDO

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