Jornal publicará a ultima edição no próximo domingo
O tabloide britânico “News of the World” imprimirá sua última edição neste domingo, após um escândalo sobre grampos telefônicos ilegais. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo presidente da News Internacional, filial britânica do conglomerado de Rupert Murdoch, James Murdoch. "Após consulta com os superiores, decidi que devemos tomar mais medidas em relação ao jornal. Este domingo será a última edição do News of the World", afirmou em um comunicado.
As últimas revelações no escândalo, de que o jornal teria grampeado os telefones de parentes de soldados mortos no Iraque e no Afeganistão, aumentou a indignação geral no Reino Unido e constrangeu o governo. Várias famílias de militares mortos em ação manifestaram a sua indignação após terem lido o Daily Telegraph, que assegura que seus telefones podem ter sido grampeados por um detetive particular a serviço do jornal sensacionalista. Seus números teriam sido encontrados nesses registros.
"Se isso for verdade, é repugnante", declarou à BBC Rose Gentle, mãe de um soldado morto no Iraque. "É um novo pesadelo. É como se batessem a sua porta para te anunciar mais uma notícia ruim". Jim Gill, sogro de um outro soldado morto na frente iraquiana, também lamentou o episódio: “É uma provação muito dolorosa."
O News of The World (NOTW), um diário dominical com tiragem de 2,8 milhões de exemplares, já estava na berlinda devido a centenas, e até milhares de escutas de personalidades realizadas nos anos 2000. O caso gerou várias detenções e a demissão em janeiro de Andy Coulson, ex-redator-chefe do NOTW, de seu posto de diretor de Comunicação do primeiro-ministro David Cameron.
Mas a tempestade aumentou nos últimos dias quando o jornal foi acusado de ter feito escutas em famílias de jovens mulheres assassinadas e em parentes de vítimas do atentado de Londres em 2005.
Esses novos escândalos são prejudiciais para o chefe de governo. Considerado um aliado de Rupert Murdoch, ele se preparava para autorizar definitivamente a aquisição da totalidade da rede via satélite BSkyB pelo grupo do magnata. "Cameron está na lama por causa de seus amigos do News International", indicava nesta quinta-feira o Daily Telegraph, membro da poderosa coalizão de jornais anti-Murdoch.
Já exposto à ira da imprensa que considera que o pluralismo da imprensa está ameaçado, o primeiro-ministro enfrenta também uma forte pressão política para suspender o caso devido aos excessos do tablóide.
As últimas revelações no escândalo, de que o jornal teria grampeado os telefones de parentes de soldados mortos no Iraque e no Afeganistão, aumentou a indignação geral no Reino Unido e constrangeu o governo. Várias famílias de militares mortos em ação manifestaram a sua indignação após terem lido o Daily Telegraph, que assegura que seus telefones podem ter sido grampeados por um detetive particular a serviço do jornal sensacionalista. Seus números teriam sido encontrados nesses registros.
"Se isso for verdade, é repugnante", declarou à BBC Rose Gentle, mãe de um soldado morto no Iraque. "É um novo pesadelo. É como se batessem a sua porta para te anunciar mais uma notícia ruim". Jim Gill, sogro de um outro soldado morto na frente iraquiana, também lamentou o episódio: “É uma provação muito dolorosa."
O News of The World (NOTW), um diário dominical com tiragem de 2,8 milhões de exemplares, já estava na berlinda devido a centenas, e até milhares de escutas de personalidades realizadas nos anos 2000. O caso gerou várias detenções e a demissão em janeiro de Andy Coulson, ex-redator-chefe do NOTW, de seu posto de diretor de Comunicação do primeiro-ministro David Cameron.
Mas a tempestade aumentou nos últimos dias quando o jornal foi acusado de ter feito escutas em famílias de jovens mulheres assassinadas e em parentes de vítimas do atentado de Londres em 2005.
Esses novos escândalos são prejudiciais para o chefe de governo. Considerado um aliado de Rupert Murdoch, ele se preparava para autorizar definitivamente a aquisição da totalidade da rede via satélite BSkyB pelo grupo do magnata. "Cameron está na lama por causa de seus amigos do News International", indicava nesta quinta-feira o Daily Telegraph, membro da poderosa coalizão de jornais anti-Murdoch.
Já exposto à ira da imprensa que considera que o pluralismo da imprensa está ameaçado, o primeiro-ministro enfrenta também uma forte pressão política para suspender o caso devido aos excessos do tablóide.
Fonte: AFP / Correio do Povo
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