Presidente Lula teve a transferência autorizada
para o presídio de Tremembé
O juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci,
coordenador e corregedor dos presídios de São Paulo, autorizou nesta
quarta-feira, a remoção do ex-presidente Lula para a penitenciária II de
Tremembé, no Vale do Paraíba, interior paulista.
Em despacho, de 14 linhas, Sorci se refere à
decisão da juíza Carolina Lebbos da 12ª Vara Federal de Curitiba, que acolheu
pedidos da Polícia Federal e da defesa, e permitiu a transferência do petista
para São Paulo.
No despacho, divulgado no início da tarde, Sorci
defere o
requerimento de Carolina Lebbos e autoriza a transferência do petista de Curitiba para
a Penitenciária II de Tremembé, no Vale do Paraíba. O local é conhecido por
abrigar presos que ficaram conhecidos do público, por isso foi batizado de
"presídio dos famosos."
Pedido de
suspensão da transferência
Antes da autorização de Sorci, a defesa de Lula pediu a
suspensão da transferência de Curitiba para São Paulo. Os advogados do
ex-presidente querem esperar pela mudança até que o Supremo Tribunal Federal
(STF) julgue um pedido de habeas corpus do ex-presidente que tramita no órgão.
O entendimento é de que a medida pode não ser
necessária caso o STF acate o pedido da defesa que pede a suspeição do ex-juiz
Sergio Moro, o que indicaria que ele não agiu de forma imparcial no processo
relativo ao triplex do Guarujá (SP) em que Lula foi condenado. Caso isso
aconteça, o processo é anulado, e Lula é colocado em liberdade.
O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto,
afirmou hoje que a defesa optou pelo pedido de suspensão da transferência para
evitar justamente que o ex-presidente seja transferido para um presídio comum.
"Nós não concordamos que Lula tenha que cumprir uma pena injusta fruto de
um processo fraudado, em qualquer ambiente carcerário. Espero que a gente tenha
condições de reverter ou negociar isso. Porque Lula não é um sujeito
qualquer", disse antes da decisão do juiz Paulo Eduardo de Almeida
Sorci se tornar pública.
Lula está preso desde abril do ano passado na
carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. A
prisão foi determinada pelo então juiz Sergio Moro, responsável pelo caso na
primeira instância, com base no entendimento do STF que autorizou a detenção
após o fim de recursos na segunda instância da Justiça.
Por AE
Correio do Povo
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