sábado, 10 de agosto de 2019

Bolsonaro sugere 'fazer cocô dia sim, dia não' para reduzir poluição ambiental


Presidente deu declaração ao ser questionado se é possível o país preservar o meio ambiente e se desenvolver economicamente.


O presidente Jair Bolsonaro surpreendeu um grupo de repórteres nesta sexta-feira (9) ao responder a uma pergunta sobre a possibilidade de haver desenvolvimento com preservação ambiental.

Ele disse que, quando se fala em poluição ambiental, "é só você fazer cocô dia sim, dia não que melhora bastante a nossa vida".

Bolsonaro deu a declaração ao conceder uma entrevista para repórteres que o aguardavam na entrada do Palácio da Alvorada, residência oficial, no momento em que se dirigia a uma cerimônia no Clube do Exército.

Durante a entrevista, o presidente foi questionado se é possível o país preservar o meio ambiente e se desenvolver economicamente.

·       "Presidente, é possível crescer com preservação?", indagou um jornalista.

·       "Sim, é lógico que sim", respondeu o presidente.

·       O jornalista, então, pergunta: "Como? Se tem que alimentar e..."

·       Antes de a pergunta ser concluída, Bolsonaro afirma: "É só você deixar de comer menos um pouquinho. Quando se fala em poluição ambiental, é só você fazer cocô dia sim, dia não que melhora bastante a nossa vida também, está certo?".

Mais cultura, menos filhos, diz presidente

Na sequência da entrevista, Bolsonaro apontou que 70 milhões de pessoas nascem no mundo todos os anos e, em seguida, defende uma política de planejamento familiar como forma de combater a poluição.

"Não é controle não, você vai botar na capa da "Folha" amanhã que eu tô dizendo que tem que ter controle de natalidade. Planejamento familiar. As pessoas que têm mais cultura têm menos filhos. Eu sou uma exceção à regra, tenho cinco, está certo? Mas, como regra, é isso", disse.

Em seguida, Bolsonaro afirmou que, segundo o Ministério da Defesa, 2 milhões de pessoas nascem no Brasil todos os anos, "e as pessoas têm que comer". "E como você tem que estimular o agronegócio, que é parte da economia que mais está dando certo no Brasil? Concorremos com Austrália, Estados Unidos e temos de colaborar com esse setor", acrescentou.


Por G1 — Brasília

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