Eduardo Bolsonaro afirmou que aceitaria
"qualquer missão" que Jair Bolsonaro o desse
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta
quinta-feira, que decidiu convidar um de seus filhos, o deputado Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP), para assumir a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. A
decisão, segundo o presidente, depende apenas do "sim" de Eduardo,
que estuda a possibilidade de ter que renunciar ao mandato parlamentar para
assumir a função de embaixador.
"Imagina o filho do Macri (Maurício Macri,
presidente da Argentina) aqui (no Brasil) como embaixador da Argentina. Teria
tratamento diferenciado. Está no meu radar, sim, e, no meu entender, poderia
ser uma pessoa adequada e daria conta em Washington", declarou Bolsonaro
aos jornalistas em uma entrevista coletiva concedida ao final da solenidade de
posse do novo diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin),
Alexandre Ramagem.
Segundo Bolsonaro, "não é fácil a decisão
para Eduardo eventualmente ter que deixar o mandato para assumir a Embaixada
dos EUA". O presidente afirmou que ainda não está claro se ele realmente
seria obrigado a deixar a função que ocupa no Congresso, mas disse que, se
confirmado, isso seria um "complicador". Ele disse, ainda, que não
pode influenciar a escolha do filho e que Eduardo terá que fazer a escolha
sozinho.
Bolsonaro sinalizou que o convite ao filho teria
sido feito hoje e brincou que algum "anão" que fica embaixo de sua
mesa no Palácio do Planalto teria repassado a informação rapidamente. O
presidente também contou que a ideia já foi cogitada no passado. "Levamos
em conta o custo-benefício", afirmou o presidente.
Eduardo: "Eu aceitaria qualquer
missão que o presidente me der"
Ao jornal O Estado de S. Paulo, Eduardo afirmou
que aceitaria o cargo de embaixador em Washington caso seu pai, o presidente
Jair Bolsonaro, o escolhesse. "Eu aceitaria qualquer missão que o
presidente Bolsonaro me der e tentarei desempenhar da melhor maneira
possível", afirmou. O deputado, porém, disse que não houve convite formal.
"Não tem nada oficial para mim. Estou sabendo pela imprensa", afirmou
Eduardo.
O cargo de embaixador em Washington está vago
desde junho, quando o diplomata Sérgio Amaral deixou o posto. Desde que seu pai
foi eleito, Eduardo tem atuado como uma espécie de embaixador informal do
governo. Acompanhou o pai nas viagens e chegou a substituir o ministro das
Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em reunião com o presidente americano,
Donald Trump, na Casa Branca.
Na Câmara, o deputado também tem atuado na área e
comanda a Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Ao Estado, disse que, caso
aceite o cargo, uma das missões é melhorar a relação entre os dois países.
"Temos que identificar o que está atrapalhando essa relação com os Estados
Unidos. Se é uma propaganda ruim", afirmou o filho do presidente.
Por AE
Correio do Povo
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