Bope está presente em Cristal à procura de
criminosos foragidos
Após a morte de duas mulheres e uma criança ter ficado
gravemente ferida em cerco policial em Cristal, a Brigada Militar e Polícia Federal mantêm as buscas à
quadrilha que atacou o Bradesco de Dom Feliciano. Vindo de Porto Alegre, o
efetivo do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da BM permanece na
região desde o dia 6 deste mês quando os criminosos explodiram a agência
bancária. Fortemente armados e com roupas camufladas, os policiais militares
vasculham a área, percorrendo estradas, propriedades e sobretudo matagais.
Até um trator tem servido para transportar a
tropa por terrenos de difícil acesso. “Enquanto houver indícios ficaremos no
cerco”, assegurou na manhã desta quinta-feira o comandante do Bope,
tenente-coronel Douglas da Rosa Soares. O oficial lembrou que a tropa
confrontou-se com os criminosos na saída da cidade durante a fuga após o ataque
ao banco. Uma caminhonete Nissan Frontier, abandonada pelo bando, foi
encontrada ensanguentada por dentro.
Por parte da Polícia Federal, o Grupo de Pronta
Intervenção (GPI) continua fazendo o cerco. Trata-se do mesmo efetivo que
entrou em confronto no final da noite da última terça-feira, no município de
Cristal, com criminosos que pretendiam resgatar os cúmplices refugiados nos
matagais. O incidente foi na ERS 354, na Estrada do Palanque. Na ocasião, um
comboio de veículos dividiu-se nas estradas vicinais. Um Honda Civic e um
Chevrolet Celta furaram duas barreiras da PF e ocorreu troca de tiros.
Duas mulheres e uma criança morreram, sendo que o
responsável pelo plano de resgate dos comparsas ficou ferido juntamente com
outra criança. “Infelizmente jamais se imagina que vão colocar crianças dentro
dos carros para uma empreitada criminosa. É imaginável que estivessem com
crianças. Não havia possibilidade de identificação das pessoas que encontravam-se
no interior dos veículos”, declarou o superintendente da PF no Rio Grande do
Sul, delegado Alexandre Isbarrola, na entrevista coletiva realizada na
quarta-feira. O menino de quatro anos segue em estado grave na UTI Pediátrica
do Hospital de Pronto Socorro (HPS). Ele foi transferido ainda na manhã de
ontem para a Capital. O Ministério Público Federal (MPF) deverá investigar a
atuação da PF nas abordagens realizadas em Cristal.
A quadrilha é investigada pela Polícia Federal
desde o ataque à Caixa Econômica Federal (CEF) ocorrido em agosto do ano
passado no município de Canguçu. Na investida contra o banco, os criminosos
utilizaram explosivos, armamento de grosso calibre e fizeram um cordão humano
para impedir a ação das forças de segurança. O quartel da BM na cidade foi alvo
de disparos. Na fuga, um criminoso foi morto na troca de tiros com policiais
militares e civis, sendo que um agente ficou ferido.
Por Correio do Povo
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