Foto:
Edevaldo Stacke
Sereni Maria Cassol,
professora, 45 anos, realizada profissionalmente e acostumada com os desafios
da sala de aula desde os 18 anos, em certo momento decide mudar sua rotina,
aproveitar uma oportunidade e experimentar outra atividade; administrar, ou
“tocar um garimpo”, como é dito no popular.
Desde fevereiro,
Sereni divide o seu tempo entre a sala de aula e o garimpo, contando com a
ajuda e o apoio do esposo. A atividade tem sido desafiadora e repleta de muito
aprendizado. “O garimpo está no sangue, meu pai foi garimpeiro, acompanhei sua
trajetória”, relembra Sereni. No início, familiares e pessoas próximas viram
com receio a decisão de assumir o negócio, mas depois apoiaram, e este apoio,
segundo Sereni, foi fundamental.
– A mulher está
mostrando de fato que conquistou seu espaço em todos os lugares e no garimpo
não é diferente –, resume a professora-garimpeira, salientando ainda que a
pedra preciosa encanta quando sai da rocha.
Quando decidiu
empreender no garimpo, uma das primeiras atitudes de Sereni foi buscar
informações e a orientação da Cooperativa dos Garimpeiros do Médio e Alto
Uruguai – Coogamai – com sede em Ametista do Sul. “Fui muito bem acolhida pela
cooperativa, recebi todas as orientações necessárias. A Coogamai é o suporte
para os garimpeiros e donos de garimpo, desempenha um trabalho muito importante
e tem feito muito bem o seu papel”, destaca a associada.
O presidente da
Coogamai, Isaldir Antonio Sganzerla, destaca que a cooperativa preza pela
inclusão, apoiando seus associados em seus empreendimentos de mineração,
impulsionando a geração de emprego e renda, garantindo qualidade de vida a
muitas famílias, não apenas diretamente na extração do cristal, mas também em
atividades relacionadas como o turismo, por exemplo.
*Edevaldo Stacke/Ascom Coogmai
Folha
do Noroeste
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