quinta-feira, 4 de julho de 2019

A mulher no garimpo

Professora troca a sala de aula pela mineração em Ametista do Sul

   Foto: Edevaldo Stacke

Sereni Maria Cassol, professora, 45 anos, realizada profissionalmente e acostumada com os desafios da sala de aula desde os 18 anos, em certo momento decide mudar sua rotina, aproveitar uma oportunidade e experimentar outra atividade; administrar, ou “tocar um garimpo”, como é dito no popular.

Desde fevereiro, Sereni divide o seu tempo entre a sala de aula e o garimpo, contando com a ajuda e o apoio do esposo. A atividade tem sido desafiadora e repleta de muito aprendizado. “O garimpo está no sangue, meu pai foi garimpeiro, acompanhei sua trajetória”, relembra Sereni. No início, familiares e pessoas próximas viram com receio a decisão de assumir o negócio, mas depois apoiaram, e este apoio, segundo Sereni, foi fundamental.

– A mulher está mostrando de fato que conquistou seu espaço em todos os lugares e no garimpo não é diferente –, resume a professora-garimpeira, salientando ainda que a pedra preciosa encanta quando sai da rocha.

Quando decidiu empreender no garimpo, uma das primeiras atitudes de Sereni foi buscar informações e a orientação da Cooperativa dos Garimpeiros do Médio e Alto Uruguai – Coogamai – com sede em Ametista do Sul. “Fui muito bem acolhida pela cooperativa, recebi todas as orientações necessárias. A Coogamai é o suporte para os garimpeiros e donos de garimpo, desempenha um trabalho muito importante e tem feito muito bem o seu papel”, destaca a associada.

O presidente da Coogamai, Isaldir Antonio Sganzerla, destaca que a cooperativa preza pela inclusão, apoiando seus associados em seus empreendimentos de mineração, impulsionando a geração de emprego e renda, garantindo qualidade de vida a muitas famílias, não apenas diretamente na extração do cristal, mas também em atividades relacionadas como o turismo, por exemplo.


*Edevaldo Stacke/Ascom Coogmai
Folha do Noroeste

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