Eleitores de Bolsonaro acendem velas para o
candidato em frente ao hospital | Foto: Miguel Schincariol / AFP / CP
O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL)
está "consciente e em boas condições clínicas", segundo boletim
médico divulgado às 10h41min pelo Hospital Albert Einstein na manhã deste
sábado. O candidato continuará na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e será
movimentado do leito para a poltrona pela primeira vez depois do
ataque. Bolsonaro está no hospital desde a manhã de sexta, quando foi
transferido da Santa Casa de Juiz de Fora (MG) para São Paulo.
Ataque contra Bolsonaro
Bolsonaro foi atingido por uma facada no abdômen
na tarde de quinta-feira, quando era carregado nos ombros por seus apoiadores
no centro de Juiz de Fora (MG).
Ele foi rapidamente levado por seguranças e
membros da equipe de campanha à Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, onde
chegou em estado de choque, com pressão baixa e intensa hemorragia (perdeu
cerca de 2,5 litros de sangue). Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de
urgência, que durou aproximadamente duas horas.
Boletim médico foi divulgado pelo hospital Albert
Einstein | Foto: Reprodução / CP
O procedimento cirúrgico constatou uma
"hemorragia volumosa" em razão do rompimento da artéria mesentérica
superior, que foi suturada, controlando a perda de sangue. Os médicos também
identificaram três perfurações no intestino delgado, que foram costuradas. A
equipe se deparou então com "uma lesão grave no intestino grosso, no cólon
transverso, grande, extensa, com contaminação de fezes na cavidade
interna", disse Borsato.
Para essa lesão, os médicos decidiram realizar
uma "colostomia em caráter temporário", quando uma bolsa plástica é
adaptada à pele para coletar gases e fezes. Uma nova cirurgia deverá ser feita
para retirar a bolsa. Não há prazo para isso acontecer, mas a estimativa é que
o candidato carregue a bolsa de dois a três meses.
O agressor de Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos,
foi transferido para um presídio federal no Mato Grosso do Sul. Escoltado por
policiais federais, Adélio passou a noite em um centro de detenção provisória
em Juiz de Fora. A polícia investiga se ele agiu sozinho ou teve ajuda de
outras pessoas.
R7
Correio do Povo
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