Artista era intérprete de sucessos da música
brasileira como "Ave Maria do Morro"
Foto: Bianca Tatamiya /
Divulgação / CP
Morreu,
na noite de sábado, a cantora Angela Maria, intérprete de sucessos da música
brasileira como "Ave Maria do Morro" e do mambo cubano
"Babalu". Segundo Daniel D’Angelo, marido da cantora, ela estava
internada há 34 dias no hospital Sancta Maggiore, em São Paulo. O velório está
marcado para as 10h, no Cemitério Congonhas, em Vila Sofia, São Paulo.
Angela
Maria, nome artístico de Abelim Maria da Cunha, nasceu em 13 de maio de 1929 em
Macaé, no distrito Conceição de Macabu, localizado no Rio de Janeiro. Filha de
uma dona de casa e de um pastor evangélico, foi no coral da igreja que ela deu
seus primeiros passos em direção à carreira musical. Na juventude, chegou a
trabalhar em uma fábrica de lâmpadas e em uma indústria de tecidos.
Como
sonhava em cantar no rádio, adotou o nome artístico para participar dos
programas de calouros e não ser reconhecida pelos familiares, que desaprovavam
suas aspirações artísticas. Devido à intensa atuação no rádio na década de
1950, foi coroada "Rainha do Rádio" em 1954, através de um concurso
popular. No mesmo ano, estreou no cinema com o filme "Rua Sem Sol",
de Alex Viany.
Apelidada
Sapoti pelo ex-presidente Getúlio Vargas, Angela foi considerada a cantora mais
popular do Brasil na década de 1950 e serviu de inspiração para intérpretes
como Elis Regina. Com 120 discos, é reconhecida pelo Guinness Book como
recordista mundial de gravações. Na década de 1960, um de seus grandes sucessos
foi a canção "Gente Humilde", composição de Garoto, Vinícius de
Moraes e Chico Buarque.
Em maio
deste ano, a cantora reuniu fãs de todas as idades no Rio de Janeiro durante a
turnê "Angela Maria e as Canções de Roberto e Erasmo". Para
homenagear seus 70 anos de carreira, foi lançado o musical "Lady
Crooner", no Teatro Carlos Gomes, no centro do Rio de Janeiro.
R7
Correio
do Povo
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