quarta-feira, 28 de março de 2018

São Leopoldo: homem que amputou mãos de ex-namorada deve cumprir 17 anos de prisão por tentativa de homicídio



O Tribunal do Júri de São Leopoldo condenou Elton Jones Luz de Freitas a 17 anos e quatro meses de prisão em regime inicial fechado pela tentativa de homicídio triplamente qualificado (meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e emprego de violência doméstica e familiar) da ex-companheira, Gisele Santos de Oliveira, hoje com 25 anos. O promotor de Justiça Criminal Sérgio Luiz Rodrigues, representou o MP na sessão de julgamento.

O corpo de jurados acatou a tese do MP de que o homicídio foi triplamente qualificado (meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio). Conforme a denúncia, no início da noite de 02 de agosto de 2015, no Bairro Vicentina, em São Leopoldo, Elton Jones Luz de Freitas, usando um facão com 39 cm de lâmina, tentou matar a companheira Gisele Santos de Oliveira, com inúmeros golpes pelo corpo. A vítima teve lesões pela face, couro cabeludo e pernas. Além disso, teve as mãos amputadas e o pé direito precisou ser reconstruído.

O CRIME

Após discutir com a vítima e agredi-la com um soco na boca, o denunciado trancou Gisele dentro de casa, armou-se com um facão que mantinha em cima de um armário e investiu contra ela, atingindo-a primeiro na cabeça e depois nos membros superiores e inferiores, mesmo depois de já caída e gravemente ferida. Conforme depoimento da jovem, durante as agressões, o denunciado dizia: “morra, sua desgraçada”. Ela somente conseguiu sobreviver porque fingiu estar morta.

O crime foi cometido porque a vítima havia dito que queria se separar dele, após ter sido agredida fisicamente com um soco no rosto, durante uma discussão, justificando o rompimento da relação no reiterado comportamento violento do companheiro.

A mulher, gravemente ferida pelos golpes e com grande perda de sangue, foi socorrida por uma vizinha que acionou o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Ela foi encaminhada para atendimento médico e cirúrgico de urgência no Hospital Centenário, inclusive com internação na UTI, o que evitou sua morte.


Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul

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