Ex-assessor de Temer, José Yunes é preso pela
PF | Foto: Zanone Fraissat / Folhapress / CP
O amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer
José Yunes foi preso na manhã desta quinta-feira pela Polícia Federal em São
Paulo. O mandado de prisão temporária foi cumprido a partir de uma decisão do
ministro de STF Luís Roberto Barroso referente ao decreto dos portos.
Além de
Yunes, o empresário Antônio Celso Greco, proprietário da Rodrimar, também foi
preso. Ele estava na cidade de Monte Alegre do Sul, no interior de São Paulo,
segundo informações do jornal Folha de São Paulo. O ex-ministro da Agricultura
Wagner Rossi, que trabalhou no governo de Dilma Rousseff, foi detido pela
Polícia Federal.
Em nota,
o advogado de Yunes, José Luis Oliveira Lima, classificou a prisão de seu
cliente como "inaceitável". Segundo Lima, Yunes vinha colaborando com
as investigações sobre a suspeita de que agentes públicos beneficiaram empresas
do setor portuário com a publicação de uma medida provisória. "É
inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia, que
sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu a todos os atos para
colaborar. Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a
cidadania", afirma o advogado na nota.
De acordo
com o Ministério Público Federal (MPF), vários mandados de prisão temporária e
de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela PF, a pedido da
procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Como se tratam de cautelares
que ainda estão em cumprimento pela PF, para embasar investigações em curso, o
MPF não divulgará, por enquanto, os nomes dos alvos dos mandados.
Correio do Povo e AE
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