Presidente pretende defender continuidade das
políticas atuais | Foto: Mauro Pimentel / AFP / CP
O presidente Michel Temer afirmou à revista Istoé
que "seria uma covardia não ser candidato" e que pretende defender,
ele mesmo, o legado de seu governo e a continuidade das políticas atuais. Na
entrevista, publicada na edição deste fim de semana, o emedebista lembrou que
todos os demais presidentes tentaram a reeleição. Não repetir esse gesto,
segundo ele, poderia passar a imagem de que estava se escondendo e que os
demais candidatos se sentiriam livres para "bater" em sua gestão.
"Acho que seria uma covardia não ser candidato", admitiu.
Porque,
afinal, se eu tivesse feito um governo destrutivo para o País eu mesmo
refletiria que não dá para continuar. Mas, pelo contrário, eu recuperei um País
que estava quebrado. Literalmente quebrado. Eu me orgulho do que fiz. E eu
preciso mostrar o que está sendo feito", afirmou Temer à Istoé. A
entrevista foi feita na quarta-feira passada, 21. Temer, que disse ter tomado a
decisão "de um mês e meio para cá", avaliou que o ideal seria ter
apenas uma candidatura de centro, mas que o cenário que se desenha são de
vários nomes.
Ele ainda
afirmou que o MDB já prepara uma espécie de "Ponte para o Futuro 2",
documento que norteou sua política econômica. Apesar dos índices baixos de
popularidade, o presidente já havia avisado a aliados que disputaria a eleição,
como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, domingo passado. A informação havia
sido antecipada pelo site BR18. Temer avalia que o quadro político mudou com
pré-candidaturas de Geraldo Alckmin (PSDB) e Rodrigo Maia (DEM) e aposta na
recuperação da economia e na intervenção no Rio para se cacifar. Ele já havia
dito nesta semana que sua candidatura "não era improvável".
Temer tem a seu favor o calendário eleitoral, já
que pela legislação ele não precisa deixar o cargo até abril para concorrer -
como acontece, por exemplo, com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,
outro nome cotado para disputa do Planalto. Inquérito dos Portos Sobre as
acusações que constam no inquérito dos Portos, no qual foi incluído, Temer
negou ter relações com a empresa Rodrimar, mas disse que não vai abrir o sigilo
bancário antes que essas informações sejam disponibilizados pela própria
Justiça - o inquérito não é sigiloso.
ESTADÃO conteúdo
Correio do Povo
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