Secretário de
Estado americano, Rex Tillerson, ressaltou que as relações diplomáticas serão
mantidas
EUA expulsam 15 diplomatas da embaixada de Cuba
em Washington
Foto: Olivier Douliery / Getty Images North America / AFP / CP
O governo
dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira a expulsão de 15 diplomatas da
embaixada de Cuba em Washington, como consequência dos misteriosos
"ataques" acústicos contra seu pessoal em Havana.
Em nota
oficial, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, disse que seu
escritório informou Cuba "sobre a ordem de saída de 15 de seus diplomatas
em sua embaixada em Washington". Ressaltou, contudo, que as relações
diplomáticas serão mantidas.
De acordo
com Tillerson, a decisão de expulsar os funcionários do país foi adotada
"pelo fracasso de Cuba em adotar medidas para proteger nossos diplomatas
de acordo com suas obrigações nos termos da Convenção de Viena".
"Manteremos
nossas relações diplomáticas com Cuba e continuaremos cooperando com Cuba, à medida
que investigamos esses ataques", afirmou o secretário de Estado.
Mais
cedo, um funcionário do Departamento de Estado, que pediu para não ser
identificado, deixou claro que se trata de uma expulsão do país. "Estamos
expulsando esses 15 cubanos hoje. Eles não foram declarados 'persona non
grata', mas esperamos que partam em sete dias", disse o diplomata.
EUA pedem
garantias
De acordo
com essa fonte, para restaurar a normalidade no funcionamento das embaixadas,
Washington exige "garantias completas do governo cubano de que esses
ataques não continuarão".
O governo
dos Estados Unidos afirma que pelo menos 22 membros de sua equipe diplomática
em Havana foram submetidos a ataques pontuais, aparentemente ultrassônicos.
Entre os sintomas identificados, o Departamento de Estado mencionou de dores de
cabeça severas a edemas cerebrais, passando por tonturas e perda parcial da
audição e memória.
Embora a
origem desses episódios e seus responsáveis sejam desconhecidos, o Departamento
de Estado não expressou dúvidas quanto ao caráter desses eventos,
classificando-os como "ataques". "Existe um padrão muito
consistente", disse o funcionário.
Na sexta-feira,
o Departamento de Estado anunciou a decisão de reduzir pela metade seu pessoal
na embaixada em Havana, como resultado desses ataques que ainda não foram
explicados.
Ao
anunciar a redução de seu pessoal em Havana, o Departamento de Estado também
informou a suspensão por tempo indeterminado da emissão de vistos para os
cubanos.
Com a
expulsão dos 15 diplomatas, a embaixada cubana em Washington também pode
suspender a emissão dos vistos, o que representaria um enorme revés no já
difícil processo de aproximação que começou em 2015. Nesse sentido, em sua nota
oficial, Tillerson observou que a expulsão dos 15 diplomatas cubanos
"garantirá a equidade em nossas respectivas operações diplomáticas".
AFP
Correio
do Povo
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