Delator acusou
Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, de comprar votos a favor do impeachment
Após depoimento de Funaro, Dilma tenta anular
impeachment no STF
Foto: Roberto Stuckert Filho / PR / Divulgação / CP Memória
Um ano
após ser cassada, a ex-presidente Dilma Rousseff voltou a pedir ontem ao
Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe restitua com urgência o cargo. O pedido
tinha sido feito pela primeira vez em um mandado de segurança aberto em 30 de
setembro de 2016, pouco após o impeachment.
Ela reforçou a nova solicitação
após os depoimentos de Lúcio Bolonha Funaro, operador financeiro que acusou o
ex-presidente da Câmara, o deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de
comprar votos a favor do impeachment.
Apesar de
serem sigilosos, os vídeos com os depoimentos da delação premiada de Funaro
foram disponibilizados neste mês no site da Câmara, em meio aos documentos que
fundamentam a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, também
delatado pelo operador financeiro. Nos depoimentos, Funaro afirma ter repassado
R$ 1 milhão a Cunha, então presidente da Câmara, para ele "comprar"
votos favoráveis ao impeachment, de modo a afastar "de qualquer
jeito" Dilma Rousseff da Presidência da República.
"Resta, assim, explicado
agora, como o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha conseguiu
'convencer' parlamentares a votar pela cassação do mandato presidencial de
Dilma Rousseff", escreveram os advogados da ex-presidente, José Eduardo
Cardozo e Renato Ferreira Franco, na nova petição, protocolada na noite de
ontem. Na peça, afirmam ter ficado "evidente", a partir da fala de
Funaro, a compra de votos contra Dilma.
Agência Brasil
Correio do Povo
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