Tricolor
goleou por 3 a 0 numa grande apresentação comandada por Luan
Tricolor goleou por 3 a 0 numa grande
apresentação comandada por Luan
Foto: Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação CP
O Grêmio
fez uma verdadeira apresentação de bom futebol, nesta quarta-feira no estádio
Monumental Isidro Carbo, em Guayaquil, no Equador. Não só segurou a pressão
inicial do Barcelona, como desfilou grandes passes seguidos de gols. Garantiu
uma goleada de 3 a 0 diante de um caldeirão em amarelo e encaminhou um lugar na
final. Um passo enorme rumo ao tri da Libertadores.
Com o
resultado, o Tricolor pode perder por até dois gols de diferença, na Arena, e
ainda assim avançar à decisão. No jogo da próxima quarta-feira, poderá comandar
as ações e administrar em frente à sua torcida. Antes disso,
a equipe encara o Avaí, em Florianópolis, pelo Brasileirão.
Tricolor
segura a onda e abre o placar
O
primeiro tempo foi acima de todas as expectativas para as metas do Grêmio. O
Tricolor resolveu o placar em 20 minutos, calando a torcida equatoriana que
lotava o estádio. Os donos da casa tentaram começar em altíssima velocidade, e
até assustaram. Antes do ponteiro virar, Caicedo disparou na esquerda e cruzou
com muito perigo. Ariel se antecipou e bateu com a canhota, mas mandou para
fora.
Com a
bola viva, Ramiro respondeu num chute forte, ainda no primeiro minuto de
partida. Banguera espalmou e quase sobrou para Barrios, mas a zaga afastou. O
Barcelona continuou perigoso e, aos 5, Vera driblou Geromel, invadiu a área e
chutou com muito perigo, por sorte à esquerda da meta de Marcelo Grohe.
Mas o
Grêmio acalmou a bola, começou a trocar passes e, dois minutos depois, abriu o
placar. Arthur lançou Cortez na esquerda, o lateral driblou o zagueiro e cruzou
rasteiro. A defesa afastou mal e Luan chegou chutando. Banguera se preparou
para saltar na direita, só que o chute desviou em Arreaga traindo o goleiro,
que assistiu a bola entrar para o 1 a 0.
Atrás no
placar, os equatorianos aceleraram tudo o que podiam, mas cometeram erros e
deram espaços para o Tricolor ameaçar. Aos 15, Fernandinho fez jogada ensaiada
com Luan, no escanteio. Recebeu na quina da área e chutou muito forte para
grande defesa de Banguera.
Grêmio é
eficiente e amplia
Cinco
minutos depois, Luan foi derrubado na intermediária, pela esquerda. Era longe,
tudo indicava um chuveirinho na área. O ângulo era ruim, e a zaga estava lá na
frente para cabecear. Mas Edílson pensou diferente. O lateral acreditou e
enfiou o pé na bola. Um chute de três dedos passou pela barreira e fez a curva
para o canto esquerdo. Quando Banguera enxergou, a bola já estava entrando
rente ao poste esquerdo: 2 a 0.
Com
grande vantagem fora de casa, o Grêmio recuou suas linhas e o Barcelona passou
a empilhar jogadas aéreas. Aos 26, Oyola levantou, Ariel quase chegou para
diminuir, mas Geromel deu um biquinho na bola para tirar. Kannemann completou
com um balão para a frente.
Aos 30 minutos, Marcelo Grohe
precisou trabalhar. Minda recebeu na direita e cruzou rasante. Caicedo se
atirou de peixinho onde estaria a bola, mas o goleirão gremista subiu lá no
alto e tirou de soco, de forma acrobática. Antes do intervalo, os donos da casa
ainda ameaçaram em jogada de Esterilla. Ele cruzou com perigo, Ariel chegou
desviando para o gol. Kannemann estava na frente para desviar.
O Barcelona trocou duas peças
para tentar a recuperação na etapa final. Marcos Caicedo e Mena entraram nos
lugares de Esterilla e Vera. Aos dois minutos, quase deu resultado, mas um
monstro estava sob o travessão gremista. Marcos Caicedo disparou na esquerda,
se livrou de dois marcadores e cruzou na área. Damián Diaz aparou de calcanhar,
mas Grohe teve reflexou para cair em cima da bola.
Goleada
para coroar
O Grêmio tentou responder com
Barrios, mas o paraguaio foi desarmado, gerando um contra-ataque fulminante.
Mena recebeu na direita e cruzou na pequena área. Ariel estava a um passo do
gol e disparou uma bomba. Grohe estava do outro lado da meta, correu, saltou e
se esticou. Em milésimos de segundo, a mão do goleiro alcançou uma bola que
parecia destinada ao 2 a 1. O camisa 1, então, protagonizou a maior defesa da
Libertadores que praticamente valeu um gol.
E o 3 a 0 veio, aos seis minutos,
numa grande combinação de Edílson e Luan. O lateral tabelou com o atacante e
cresceu na linha de fundo. Driblou Marcos Caicedo e olhou para a área. Luan
estava livre na marca do pênalti e recebeu o passe açucarado. Com tempo,
enquadrou o corpo e mandou um chutaço no canto esquerdo, goleada sem chances
para Banguera.
No desespero, os equatorianos
apostaram todas as fichas na velocidade de Marcos Caicedo. Aos 14, ele quase
criou a chance de descontar. Cruzou na área, Kannemann afastou de rosca e
voltou para o lateral. Caicedo mandou no segundo pau e Oyola tinha toda a meta
à disposição. Sem goleiro, chutou por cima.
O Grêmio respondeu em jogada de
Luan, aos 19. O atacante abriu com Léo Moura, que substituiu um exausto Edílson
na direita. O lateral descolou belo cruzamento para Barrios, que chutou de
primeira, mas desviado.
A última cartada dos equatorianos
foi Castillo no lugar de Ariel. E ele quase marcou, não fosse o pé de Geromel.
Marcos Caicedo lançou Mena, que achou Castillo na área. O atacante girou e
chutou, mas parou no pé do zagueirão.
O 4 a 0 quase veio aos 33
minutos. O Grêmio trocou passes na área do Barcelona. Luan para Fernandinho,
para Arthur, que abriu com Ramiro. Veio o chute, que desviou caprichosamente à
direita. Cansado, Barrios deu lugar para Cícero fazer sua estreia. O jogador
contratado especialmente para a competição continental quase deixou sua marca.
Aos 43, recebeu na entrada da área e disparou um míssil que passou tirando
faísca do ângulo direito.
Ao apito final, a goleada era
Tricolor, de quem já começa a pensar na passagem para a Argentina.
Libertadores
– Semifinal
Barcelona
EQU 0
Banguera; Beder Caicedo, Kunti Caicedo,
Arreaga e Velasco; Minda, Oyola, Vera (Marcos Caicedo) e Esterilla (Ayoví);
Damián Diaz e Ariel (Castillo). Técnico: Guillermo Almada.
Grêmio 3
Grohe; Edílson (Léo Moura),
Geromel, Kannemann e Cortez; Jailson (Michel), Arthur, Ramiro e Luan; Fernandinho
e Barrios (Cícero). Técnico: Renato Portaluppi.
Gols: Luan
(7min/1ºT e 6min/2ºT) e Edílson (20min/1ºT).
Cartões
amarelos: Barrios (G); Beder Caicedo (B).
Árbitro: Néstor
Pitana (Argentina).
Local: Monumental
Isidro Carmo, em Guaiaquil.
Bernardo Bercht
Correio do Povo
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