Tonho Crocco descarta acordo para tirar a música do ar
Crédito: Christian Jung / CP Memória
Crédito: Christian Jung / CP Memória
O músico gaúcho Tonho Crocco, alvo de uma ação no Ministério Público (MP) por crime contra a honra, no ano passado, por lançar o vídeo-protesto "Gangue da Matriz" na Internet, declarou que é inocente das acusações e não pretende fazer acordo para tirar a música do ar. "Minha intenção é ser julgado inocente. Eu não fiz nada de errado." A música fala dos 36 deputados que votaram um aumento de 73% dos próprios salários na Assembleia Legislativa (AL). A audiência preliminar do caso está marcada para o dia 22 de agosto, no Foro Central.
Em entrevista à Rádio Guaíba, o músico falou da representação ajuizada pelo deputado Giovani Cherini, que na ocasião era presidente da Assembleia. "Que pena que ele não gostou. Tem mais de 48 mil pessoas que pensam diferente. Se as pessoas não gostaram da palavra 'gangue', paciência. Foi a inspiração que eu tive." Cherini considera que o título da canção feriu a honra dos parlamentares. “Gangue são criminosos, bandidos, ladrões. É um conluio de pessoas para cometer um crime.”
Tonho Crocco citou o caso da morte de Alex Thomaz, nos anos 80, quando o termo "gangue da Matriz" ficou conhecido. Segundo ele, quem faz arte, música e compõe tem o livre direito de usar expressões como essa. "Claro, não sendo ofensivo, e eu acho que eu não fui. Na letra não tem nenhum palavrão, nenhuma ofensa pessoal", alega o músico.
O fato de ter citado os nomes dos deputados, segundo o músico, faz parte do protesto e não implicaria em nenhum problema, já que as votações são de conhecimento do público. "O voto não é aberto? As pessoas não sabem quem votou contra e quem votou a favor? Por que não expressar isso também na música? Por que não expressar a insatisfação de um trabalhador que não ganha mais de 5% de aumento? Por que ele não protestar contra alguém que ganha 73% de aumento? Acho que a gente tem um debate, um diálogo de ideologias."
Tonho disse que recebeu a intimação na última sexta-feira, mas só leu o processo nessa segunda-feira. De acordo com o músico, o único nome que aparece no texto é o de Giovani Cherini. "Até gostaria de saber se teve mais algum parlamentar que se sentiu ofendido ou se foi apenas uma ação individual". O músico afirmou que recebeu apoio da classe artística e também de parlamentares como Adão Villaverde e Manuela D'Ávila. "A primeira pessoa a me ligar foi o presidente (da AL) Adão Villaverde. As palavras dele foram justamente essas: que ele passou uma vida lutando para que as pessoas tivessem o direito de se expressar e de se manifestar."
A pena prevista pela ação do Ministério Público é de um mês a dois anos de detenção. "Lamentável que a gente esteja perdendo tempo com isso. Tem muito mais coisas importantes que o Ministério Público deve julgar, que são prioridade", declara o músico.
Em entrevista à Rádio Guaíba, o músico falou da representação ajuizada pelo deputado Giovani Cherini, que na ocasião era presidente da Assembleia. "Que pena que ele não gostou. Tem mais de 48 mil pessoas que pensam diferente. Se as pessoas não gostaram da palavra 'gangue', paciência. Foi a inspiração que eu tive." Cherini considera que o título da canção feriu a honra dos parlamentares. “Gangue são criminosos, bandidos, ladrões. É um conluio de pessoas para cometer um crime.”
Tonho Crocco citou o caso da morte de Alex Thomaz, nos anos 80, quando o termo "gangue da Matriz" ficou conhecido. Segundo ele, quem faz arte, música e compõe tem o livre direito de usar expressões como essa. "Claro, não sendo ofensivo, e eu acho que eu não fui. Na letra não tem nenhum palavrão, nenhuma ofensa pessoal", alega o músico.
O fato de ter citado os nomes dos deputados, segundo o músico, faz parte do protesto e não implicaria em nenhum problema, já que as votações são de conhecimento do público. "O voto não é aberto? As pessoas não sabem quem votou contra e quem votou a favor? Por que não expressar isso também na música? Por que não expressar a insatisfação de um trabalhador que não ganha mais de 5% de aumento? Por que ele não protestar contra alguém que ganha 73% de aumento? Acho que a gente tem um debate, um diálogo de ideologias."
Tonho disse que recebeu a intimação na última sexta-feira, mas só leu o processo nessa segunda-feira. De acordo com o músico, o único nome que aparece no texto é o de Giovani Cherini. "Até gostaria de saber se teve mais algum parlamentar que se sentiu ofendido ou se foi apenas uma ação individual". O músico afirmou que recebeu apoio da classe artística e também de parlamentares como Adão Villaverde e Manuela D'Ávila. "A primeira pessoa a me ligar foi o presidente (da AL) Adão Villaverde. As palavras dele foram justamente essas: que ele passou uma vida lutando para que as pessoas tivessem o direito de se expressar e de se manifestar."
A pena prevista pela ação do Ministério Público é de um mês a dois anos de detenção. "Lamentável que a gente esteja perdendo tempo com isso. Tem muito mais coisas importantes que o Ministério Público deve julgar, que são prioridade", declara o músico.
Fonte: Correio do Povo
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