segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Alunos podem ser responsáveis por intoxicação em escola, diz advogado


     O advogado da merendeira suspeita de colocar veneno em almoço servido em escola de Porto Alegre, Lucas Pereira, disse em entrevista à Rádio Guaíba, nesta segunda-feira, que alunos podem ter sido os responsáveis pela intoxicação. Segundo o defensor, uma turma ficou cerca de 40 minutos, sem supervisão, em uma sala com acesso à cozinha, no dia em que mais de 30 pessoas foram intoxicadas após comer um estrogonofe com veneno de rato. 
     “Segundo informações do inquérito, nessa turma existem jovens com histórico de ameaças a outros alunos, porte de arma, vandalismo e, inclusive, transtorno psicológico”, afirmou Pereira. “Essa moça está sendo crucificada sem que sequer seja averiguada essa situação."
     Conforme o advogado, a família de Wanuzi Mendes Machado recebeu ameaças enviadas por presas do Madre Pelletier. “Essa moça vai ser 'surrada' pelas demais detentas”, reclamou Pereira. Segundo ele, a merendeira continuará foragida até que seja concedido o relaxamento de prisão. 
     A Justiça indeferiu a liminar que solicitava o habeas corpus e negou o pedido de reconsideração da defesa. Segundo os advogados da suspeita, a confissão da merendeira, em depoimento à polícia na sexta-feira, foi forjada. O delegado Cléber Lima rejeitou a hipótese. "A tese da defesa é muito surrada e não merece contraponto", afirmou. 
     A direção da Escola de Ensino Fundamental Pacheco Prates e a Secretaria da Educação devem definir nesta segunda-feira quando ocorrerá o reinício das aulas na instituição.

Caso
                                
     Alunos, funcionários e professores da Escola de Ensino Fundamental Pacheco Prates foram levados para pronto atendimentos na última quinta-feira, depois de algumas pessoas reclamaram de mal-estar e dores de cabeça e barriga.
     A titular da Delegacia de Polícia Volante, delegada Clarissa Demartini, informou que foram encontrados pequenos sacos contendo um aparente veneno de rato e uma tesoura na cozinha da instituição. Na sexta-feira, a delegada confirmou que a substância é o raticida Nitrosin. 
     Segundo o setor de pediatria do Pronto Atendimento da Lomba do Pinheiro, o produto pode alterar a coagulação do sangue, gerando sangramentos de diversos níveis de gravidade. 

Fonte: Tatiane de Sousa / Rádio Guaíba / Correio do Povo

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