Trinta e quatro vereadores da Câmara Municipal de Curitiba assinaram o documento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue as irregularidades supostamente cometidas pelo presidente da Casa, João Cláudio Derosso (PSDB). A decisão foi anunciada na tarde desta segunda-feira (15), após uma reunião entre as lideranças dos partidos.
Além de Derosso, outros três vereadores não assinaram o documento: Francisco Garcez (PSDB), Sabino Picolo (DEM) e João do Suco (PSDB). Picolo afirmou que teve que deixar o plenário mais cedo nesta segunda-feira, mas garantiu que vai assinar o documento nesta terça-feira (16). O vereador João do Suco está viajando.
A CPI deverá ser protocolada nesta terça-feira. A expectativa é que os trabalhos sejam iniciados em até 10 dias.
Pela manhã, o pedido de investigação contava com nove assinaturas, quatro a menos do que as 13 necessárias para que CPI fosse criada.
Denúncias
Uma das denúncias envolve os contratos de publicidade da Câmara. O processo licitatório de 2006 feito pela Câmara Municipal resultou na contratação da agência de publicidade da mulher de Derosso. Essa prática viola a Lei de Licitações (n.º 8.666/93). O Diário Oficial do Município revelou que a jornalista e empresária Cláudia Queiroz Guedes, dona da agência Oficina da Notícia Ltda., era funcionária comissionada do Legislativo municipal quando participou e venceu a licitação.
Outra suspeita de irregularidade diz respeito à contratação de funcionários fantasmas. Devem ser investigados os motivos de a Câmara ter contratado, ao mesmo tempo que a Assembleia do Paraná, quatro servidores – conforme denunciou a Gazeta do Povo.
Fonte: Gazeta do Povo
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