Fogo e fumaça sobe do acampamento militar de Akouedo, em Abidjã;
palácio presidencial também foi alvo da ONU / 04.04.2011/AFP
Helicópteros da Operação das Nações Unidas na Costa do Marfim (Onuci) dispararam nesta segunda-feira (4) em Abidjã contra o palácio presidencial e a residência do presidente Laurent Gbagbo, declarou à agência France Presse o porta-voz da força, Hamadoun Touré. Gbagbo se recusa a deixar o poder desde que perdeu a eleição em novembro passado para Alassane Ouattara.
Mais cedo, helicópteros da força francesa Licorne tinham disparado em Abidjã contra os acampamentos militares de Agban e Akouedo, nas mãos do Exército marfinense leal ao presidente Gbagbo.
Ao mesmo tempo, forças leais a Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional, lançaram uma ofensiva contra os últimos redutos do atual governante, Laurent Gbagbo, na cidade de Abidjã, informou o porta-voz do primeiro-ministro de Ouattara, Guillaume Soro.
O objetivo da ofensiva é avançar para os bairros do Plateau (centro) e Cocody (norte).
No bairro administrativo de Plateau, está o palácio presidencial e, em Cocody, a residência presidencial, onde supostamente se encontra Gbagbo.
França retira 250 estrangeiros
Em meio à ofensiva, cerca de 250 estrangeiros residentes na Costa do Marfim abandonaram nesta segunda-feira o país em voos facilitados pelo Exército francês, informou o Ministério de Relações Exteriores da França.
Esses cidadãos, a maioria de nacionalidade francesa, partiram "de forma voluntária" para Dacar e Lomé, confirmou à agência de notícias EFE um porta-voz ministerial. Segundo ele, isso não significa que o país esteja realizando uma operação oficial de retirada.
Esses 250 se somam aos 170 que, segundo o ministério, saíram no domingo do país também com destino ao Senegal e ao Togo. Outros estrangeiros podem deixar a Costa do Marfim nos próximos dias.
Os retirados haviam buscado refúgio no quartel que a força da operação francesa possui no distrito de Port Bouet, nas imediações do aeroporto de Abidjã, onde até domingo havia 1.653 estrangeiros, entre eles cerca de 750 franceses.
País vive guerra civil
A Costa do Marfim vive uma guerra civil depois que o presidente em fim de mandato, Laurent Gbagbo, não aceitou entregar o poder a Alassane Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional como vencedor do segundo turno das eleições presidenciais de novembro.
A França enviou nesta segunda-feira 150 soldados adicionais a Abidjã para proteger a comunidade de expatriados, o que elevou para 1.650 o número de efetivos na cidade.
Os militares têm o objetivo de proteger esses cidadãos e apoiar a Missão das Nações Unidas na Costa do Marfim (Onuci).
Para garantir a proteção dos franceses no país, cujo número se estima em 12 mil, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu no domingo que eles se reunissem e as autoridades francesas começaram, nesta segunda-feira, a agrupá-los em três pontos de Abidjã.
Fonte: Do R7, com agências internacionais
Nenhum comentário:
Postar um comentário