terça-feira, 26 de abril de 2011

Grêmio joga mal, perde em casa e se complica na Libertadores


Grêmio joga mal, perde em casa e se complica na Libertadores
Crédito: Cristiano Estrela


     A Universidad Católica aproveitou um Grêmio desorganizado para fazer aquilo que marcou a campanha dos chilenos na Libertadores: derrotar os adversários fora de casa. Borges, em péssima participação, não só errou um gol, como foi expulso ainda na etapa inicial, após agredir um adversário. Em grande jornada, o argentino Lucas Pratto fez os dois gols que definiram a vitória por 2 a 1.
     O Grêmio começou pressionando, chegou a colocar bola na trave com Douglas, mas depois deixou o Universidad crescer e atacou sem responsabilidade. Em falhas de Gilson e Adilson, levou contragolpes perigosos e, num deles, o gol de Pratto. Na sequência, Borges complicou tudo, ao ser expulso em agressão fora do lance. 
     Tudo desabou aos 29 minutos. Primeiro, o Universidad abriu o placar. Gilson foi tentar sua primeira jogada na partida, perdeu bola no meio de campo e armou o contragolpe. A zaga do Grêmio não conseguiu acompanhar Costa, que encontrou Lucas Pratto, livre na entrada da área. Ele limpou a marcação e deslocou o goleiro Marcelo Grohe.
     Logo em seguida, Borges, que já havia perdido grande chance de gol, perdeu a cabeça e agrediu um zagueiro do Universidad. Ele acertou Martinez no rosto com o braço fora do lance. O bandeirinha viu a agressão e denunciou ao árbitro, que mostrou o cartão vermelho. Apesar da expulsão correta, o árbitro Néstor Pestana merece um capítulo de críticas à parte. 
     Ele deixou o jogo assumir contornos violentes, sem marcar faltas nítidas de ambas as equipes. Além disso, o volante Costa pisou na cara de Fábio Rochemback e fez uma entrada fortíssima em Lins e, mesmo assim, não levou cartão vermelho.
     A derrota tricolor, contudo, não passou pelo juiz. Apenas com Leandro na frente, o time apressou jogadas de ataque e mandou muitas bolas para a área, sem que houvesse alguém para definir. Renato também não fez alterações no time até o segundo tempo. Os zagueiros avançavam, sem cobertura e o Universidad tinha liberdade nos contragolpes, deixando de ampliar por erros individuais.
     Na etapa final, o atacante Lins foi colocado no lugar de Willian Magrão, abrindo o time, mas acrescentando uma alternativa ofensiva. O Tricolor foi para cima, mais na vontade do que no esquema tático, mas conseguiu um alento, aos 14 minutos da etapa final. Douglas, o melhor do time, encontrou um golaço, quando ninguém esperava. O meia recebeu na intermediária, olhou para Garcés adiantado e chutou forte, a bola foi no ângulo direito do goleiro chileno, que ainda roçou os dedos na bola.
     A injeção de ânimo, porém, durou pouco. O Tricolor continuou repetindo erros e deixando o Universidad controlar a posse de bola. Aos 29 minutos, Pratto voltou a silenciar o Olímpico. Em contragolpe, a zaga do Grêmio parou e, em cruzamento de Cañete, cabeceou para as redes, sem chances para Grohe.
     No desespero, Renato ainda tirou Leandro, apagado, para colocar Carlos Alberto, de pouca efetividade; e, aos 43 minutos, mandou Escudero a campo no lugar de Gilson, que durante todo o jogo anulou o lado esquerdo do Tricolor. A entrada dos jogadores de frente, contudo, não alterou o panorâma da partida. Agora, o Grêmio precisa vencer por mais de dois gols de diferença, no Chile, para seguir na Libertadores.
Fonte: Bernardo Bercht / Correio do Povo

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