quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Vereadores rejeitam Projeto de Lei que previa “Pacote de Obras” para Campo Novo




Em sessão ordinária realizada na última segunda-feira (05/08), a Câmara de Vereadores de Campo Novo rejeitou o Projeto de Lei nº 12/2019 que previa um investimento de até R$ 2,5 milhões em obras de infraestrutura no município.

O projeto inicial previa a contratação de uma operação de crédito que seria destinada para a reforma do Ginásio Municipal de Esportes, revitalização da praça da Bandeira, construção de pavilhão junto ao parque de máquinas para abrigo da frota do município, reforma do Centro Administrativo e o restante do saldo seria utilizado para pavimentação asfáltica na zona urbana e recuperação de estradas da zona rural.

O prefeito Antônio Sartori lamentou a atitude de alguns edis, eis que “durante os 5 anos que está à frente do executivo Campo-novense trabalhou com seriedade e honestidade e teve como principal foco a moralização do setor público e saneamento das dívidas deixadas por administrações anteriores, num total de quase R$ 2,5 milhões de reais e no momento em que o município tem capacidade de investir em obras que iriam transformar Campo Novo em um   canteiro de obras, algumas pessoas que se dizem representantes do povo votam contra o progresso do município.”

Cabe lembrar que foram contra a aprovação do projeto e consequentemente a realização das obras os vereadores Nelson Massaro, Marcieli Reis, Jocemar Scherer, Julio Cesar da Rosa e Juca Araújo, a favor do projeto, porém com votos vencidos os vereadores Renato de Lima João Luiz de Lima e Airton Canova. O presidente da Câmara Ademar Aguiar não votou, sua atuação (voto de minerva) não foi necessário.

Consequências da reprovação do Projeto:

Reforma do Ginásio Municipal de Esportes:

Desde sua construção no ano de 1984 o Ginásio Municipal de Esportes, uma das melhores estruturas esportivas da Região, o prédio ainda não tinha passado por uma reforma completa e modernização de suas instalações – o que levou a sua interdição.

Com a rejeição do projeto, o mesmo continuará interditado para a prática de esportes e agregado a isso pode comprometer a realização da Exponovo, que tem previsão para novembro deste ano.

Revitalização da Praça da Bandeira:

A praça da Bandeira é o local utilizada frequentemente pela população para seus momentos de lazer e a revitalização proporcionaria uma readequação com construção de uma concha acústica para shows, banheiros, quiosques, arborização etc., tornando um ambiente confortável aos munícipes.

Construção de Abrigo da frota municipal:

Durante sua gestão o prefeito Sartori além de recuperar as finanças do município investiu no aumento da frota de veículos e máquinas, a qual quando assumiu era pequena e totalmente sucateada.

Foram investidos milhões na aquisição e recuperação de veículos e máquinas, porém o município não possui atualmente um local adequado para abrigar e proteger este patrimônio. Os atuais galpões apresentam risco até mesmo de desabamento, o que acarretaria prejuízos à municipalidade e consequentemente ao cidadão.

Com o investimento, seria construído um abrigo seguro, amplo e moderno, garantido a conservação e manutenção da frota municipal.

Pavimentação Asfáltica:

O governo Sartori foi o que mais investiu na história de Campo Novo em pavimentação asfáltica na zona urbana, porém a demanda ainda é muito grande, e com estes recursos o investimento seria ainda muito maior.

Um exemplo de uma obra que pode ficar comprometida com esta atitude de reprovação do projeto é a da Rua Rodolfo Rospide, onde no ano passado foi assinado um convênio junto ao Governo do Estado no valor em torno de um milhão de reais, no qual o município teria uma contrapartida de 200 mil reais.

A administração iniciou a obra e cumpriu com a sua contrapartida, porém com a troca de governo estadual o DAER não repassou sua parte e a obra teve que ser paralisada. Nesta semana o DAER emitiu um comunicado onde diz que só irá cumprir com sua parte desde que o município aplique recursos próprios e depois o Estado fará o ressarcimento.

Como a reprovação do projeto na Câmara de Vereadores, a conclusão desta obra poderá ficar comprometida, em razão que sem uma operação de crédito fica quase impossível um investimento no valor de 800 mil reais com recursos próprios. Cabe lembrar que a partir do atual governo todo convênio assinado será ao inverso dos ajustados até então, ou seja, 80% do município e 20% do governo estadual.

Reforma do Centro Administrativo:

O atual centro administrativo foi adquirido do Banco do Brasil e desde então muito pouco foi feito para readequar a um funcionamento de uma prefeitura.

Parte deste recurso seria utilizado para a readequação do local, inclusive projetando uma acessibilidade para pessoas especiais com a colocação de um elevador.

Fechamento da quadra coberta da Comunidade de Vila Turvo:

Embora no projeto inicial esta ação não estar incluída, os vereadores Renato Lima, João Luiz de Lima e Airton Canova inseriram no projeto o fechamento da quadra coberta na comunidade de Vila Turvo, transformando aquele local em um salão comunitário, o que também deixará de ser executado.


Observador Regional

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