A
Promotoria de Justiça Criminal do Rio Grande obteve a condenação de Alessandro
de Carvalho Lima a uma pena de 15 anos e nove meses de reclusão, em primeira
instância, pela prática de roubos a ônibus e corrupção de menor.
Após
ingressar no coletivo, Alessandro ameaçava, com uma faca, o motorista e o
cobrador e mandava seu enteado, de 10 anos, recolher o dinheiro em uma sacola.
O crime se repetiu em pelo menos duas oportunidades.
O
crime é similar a vários outros roubos que ocorrem diariamente na cidade. No
entanto, o acusado corrompeu seu enteado de apenas dez anos de idade a praticar
os delitos, sem o conhecimento da mãe da criança.
Segundo
o promotor de Justiça Marcelo Nahuys Thormann, responsável pela ação penal, é
comum a participação de adolescentes nos mais diversos crimes ocorridos na
cidade de Rio Grande. “O fato em questão surpreende pelo envolvimento de uma
criança de apenas dez anos de idade, que estava sendo inserida no meio
criminoso pelo seu próprio padrasto”, aponta o promotor.
“É
sabido que a violência tem a participação de pessoas cada vez mais jovens, mas
esse tipo de crime não pode ser tolerável, nem mesmo aceito como algo normal”,
ressalta.
O caso
foi encaminhado à Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Rio Grande,
que providenciou a aplicação das medidas protetivas à criança, previstas no
Estatuto da Criança e do Adolescente, para resgatá-la do meio em que estava
inserida, em uma ação integrada entre as áreas do Ministério Público.
Segundo
o promotor de Justiça Rudimar Tonini Soares, promotor da Infância e da
Juventude de Rio Grande, “claramente, o menino era constrangido pelo adulto,
sendo utilizado por ele para auxiliá-lo na tarefa de coletar dinheiro roubado
em assaltos a coletivos”.
O
Conselho Tutelar da cidade foi acionado e agiu para assegurar os direitos do
menino, que atualmente está sob os cuidados de parentes.
Ministério
Público do Estado do Rio Grande do Sul
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