Mandados são cumpridos em Santos, São Bernardo
do Campo e São Paulo
PF deflagra 32ª fase da Lava Jato | Foto:
Polícia Federal / Divulgação / CP
A Polícia
Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira a 32ª fase da operação Lava
Jato. Cerca de 60 policiais federais cumprem 17 ordens judiciais, sendo 10
mandados de busca e apreensão e outros sete de condução coercitiva,
em Santos, São Bernardo do Campo e São Paulo. A ofensiva foi denominada
Caça-Fantasmas.
Segundo a
PF, a operação Caça-Fantasmas identificou que uma instituição financeira
panamenha atuaria no Brasil, sem autorização do Banco Central, com o objetivo
de abrir e movimentar contas em território nacional e, assim, viabilizar o
fluxo de valores de origem duvidosa para o exterior, à margem do sistema
financeiro nacional.
Há
elementos de que o banco, ao funcionar como uma verdadeira agência de private
banking no Brasil, tinha como produto, também, a comercialização de empresas
offshore, as quais eram registradas pela Mossack Fonseca, empresa que já
foi alvo da 22ª fase da operação Lava Jato.
"Os
serviços disponibilizados pela instituição financeira investigada e pelo
escritório Mossack Fonseca foram utilizados, dentre diversos outros clientes do
mercado financeiro de dinheiro 'sujo', por pessoas e empresas ligadas a
investigados na Operação Lava Jato, sendo possível concluir que recursos
retirados ilicitamente da Petrobras possam ter transitado pela instituição
financeira investigada", afirma a PF em nota.
São
apuradas nesta operação as práticas de crimes contra o Sistema Financeiro
Nacional, lavagem de ativos e organização criminosa transnacional.
Instituição
obscura
O nome
Caça-Fantasmas é uma referência utilizada para a identificação desta nova fase
da operação policial e remete, dentre outros aspectos, a um dos objetivos
principais da investigação - que foca na apuração de verdadeira extensão
obscura da instituição bancária no Brasil, bem como a vasta clientela que
utiliza de seus serviços e do escritório Mossack Fonseca para operações
financeiras com características de ilicitude e de forma oculta.
Os
investigados estão sendo levados às sedes da Polícia Federal nas respectivas
cidades onde foram localizados a fim de prestarem os esclarecimentos
necessários. Como se tratam de situações de conduções coercitivas, os
investigados serão liberados após serem ouvidos no interesse da apuração
em curso.
Correio do Povo e AE
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