sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Celulares podem ser nova chave para caso Madeleine McCann

Scotland Yard inicia operação para examinar cerca de 3 mil telefones usados na época do desaparecimento da menina britânica.

Madeleine, em foto tirada na época do desaparecimento (Foto: PA)
   Madeleine, em foto tirada na época do desaparecimento (Foto: PA)

Registros de telefone celular podem ser a chave para a solução do caso Madeleine McCann, afirmam detetives da Scotland Yard, a polícia metropolitana de Londres.

A britânica Madeleine desapareceu durante férias com a família na Praia da Luz, no Algarve (sul de Portugal), em 2007. Ela tinha, então, 3 anos de idade.

A polícia está analisando os dados de milhares de telefones pertencentes a moradores do local na época. Há 41 potenciais suspeitos, dizem eles.

Madeleine desapareceu poucos dias antes de seu quarto aniversário, quando estava no apartamento de férias de sua família.

O detetive-chefe Andy Redwood, que está conduzindo o inquérito, disse que os policiais examinam uma 'quantidade substancial de dados' a partir de telefones celulares supostamente pertencentes a pessoas que estavam no balneário de Praia de Luz, nos dias imediatamente antes, durante e depois do desaparecimento de Madeleine.

A polícia está tentando identificar o proprietário de cada telefone para construir um mapa de quem exatamente estava na área. Mais de 3.000 pessoas vivem na Praia de Luz, embora turistas e trabalhadores sazonais visitem vindos de países em todo o mundo.

'Esta não é apenas uma espécie de rede de arrastão', disse Redwood.

'É uma ação focada para ver se descobrimos o que aconteceu a Madeleine McCann naquela época.'

Redwood acrescentou que os policiais foram até agora incapazes de atribuir um 'grande número' de números de celulares a seus donos, e admitiu que era difícil fazê-lo com telefones pré-pagos comprados há seis anos.

'Linha do tempo'

Os registros também contêm informações sobre quais foram os números de telefone discados e quando as chamadas foram feitas.  Acredita-se que alguns números de telefone possam aparecer em sistemas de inteligência da polícia ou ser ligado a criminosos.

'Podemos verificar o que o telefone está fazendo, mas não podemos ver as mensagens de texto', disse o detetive. 'Isso mostra uma linha do tempo das ligações.'

Segundo a Scotland Yard, os registros telefônicos haviam sido 'observados' durante a investigação policial Português inicial, mas não em detalhe.

O detetive lembrou que não havia imagens de circuito interno de câmeras de TV - prova que é muitas vezes usada para ajudar a resolver dúvidas sobre pessoas desaparecidas na Grã-Bretanha.

A Scotland Yard anunciou em julho que iniciaria uma nova investigação sobre o desaparecimento de Madeleine - depois de passar dois anos analisando o caso, sob o codinome de Operação Grange.

Na época do anúncio, os detetives disseram que havia 38 'pessoas de interesse' de cinco países diferentes - Portugal, Grã-Bretanha e outros três que não foram nomeados.

A polícia disse que o número aumentou para 41, dos quais 15 eram cidadãos britânicos. Ninguém foi preso.

Fonte: Da BBC
G1 | MUNDO 

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