Alex da Rosa, que havia saído de Lajeado na
quinta-feira, não aguentou a dor nos pés
Pai desistiu da caminhada, mas garante que não vai desistir da busca por um milagreFoto: Rodrigo Martini/Jornal A Hora / Divulgação
Depois de 42 horas e mais de 100
quilômetros percorridos a pé, com uma cruz nas costas, Alex da Rosa desistiu da peregrinação. O pedreiro de 34 anos havia saído de Lajeado na
quinta-feira, com o objetivo de encontrar, nos 120 quilômetros até Porto Alegre, ajuda humana ou divina para a filha Pamily, de
nove meses, que possui uma doença degenerativa.
Faltando apenas 15 quilômetros para chegar ao destino, foi obrigado a interromper a caminhada por causa de dores nos pés e nas pernas.
— Meus pés estão cheios de bolhas, inchados e com as veias saltadas. Minhas pernas não aguentavam mais. Simplesmente não conseguia mais caminhar — resume Rosa.
Chegando em Canoas, o pedreiro parou em um posto de gasolina às margens da BR-386, rodovia que liga o Vale do Taquari à Capital. Quando percebeu que era impossível seguir adiante, ligou para um empresário que conheceu durante a peregrinação e que havia se oferecido para ajudá-lo. Morador de Porto Alegre, o empresário foi até o posto e levou Rosa de carro até sua casa em Lajeado.
— Pra quem foi até onde eu fui, com uma cruz pesada nas costas, pegando chuva e passando frio, eu não sinto que desisti ou que falhei. Só não deu mesmo pra terminar — observa o pedreiro, com Pamily no colo, que cantarolava enquanto o pai conversava com a reportagem pelo celular.
A filha foi diagnosticada há duas semanas com Atrofia Muscular Espinhal (AME), doença degenerativa que não possui cura ou tratamento conhecidos. Genética, a AME já matou uma filha de Alex, há quatro anos, quando a menina tinha justamente nove meses de vida. Ele e a mulher ainda possuem dois filhos, de sete anos e 12 anos, que nasceram saudáveis.
Os próximos passos, Alex não sabe quais serão, não pretende retomar a caminhada. Cansado mental e fisicamente, só sabe que não vai desistir da busca por um milagre que mantenha a filha viva.
Faltando apenas 15 quilômetros para chegar ao destino, foi obrigado a interromper a caminhada por causa de dores nos pés e nas pernas.
— Meus pés estão cheios de bolhas, inchados e com as veias saltadas. Minhas pernas não aguentavam mais. Simplesmente não conseguia mais caminhar — resume Rosa.
Chegando em Canoas, o pedreiro parou em um posto de gasolina às margens da BR-386, rodovia que liga o Vale do Taquari à Capital. Quando percebeu que era impossível seguir adiante, ligou para um empresário que conheceu durante a peregrinação e que havia se oferecido para ajudá-lo. Morador de Porto Alegre, o empresário foi até o posto e levou Rosa de carro até sua casa em Lajeado.
— Pra quem foi até onde eu fui, com uma cruz pesada nas costas, pegando chuva e passando frio, eu não sinto que desisti ou que falhei. Só não deu mesmo pra terminar — observa o pedreiro, com Pamily no colo, que cantarolava enquanto o pai conversava com a reportagem pelo celular.
A filha foi diagnosticada há duas semanas com Atrofia Muscular Espinhal (AME), doença degenerativa que não possui cura ou tratamento conhecidos. Genética, a AME já matou uma filha de Alex, há quatro anos, quando a menina tinha justamente nove meses de vida. Ele e a mulher ainda possuem dois filhos, de sete anos e 12 anos, que nasceram saudáveis.
Os próximos passos, Alex não sabe quais serão, não pretende retomar a caminhada. Cansado mental e fisicamente, só sabe que não vai desistir da busca por um milagre que mantenha a filha viva.
Fonte: Vanessa
Kannenberg | ZERO HORA
27/10/2013 | 12h51
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