A Secretaria Estadual da Saúde (SES)
lança nesta semana uma campanha em emissoras de rádio e mídias sociais, incluindo
um aplicativo no Facebook, para conscientizar a população sobre a importância
da doação de órgãos. A partir do dado de que as pessoas tem seis vezes mais
chances de precisar de um órgão do que de ser um doador, a estratégia é
sensibilizar a população.
Além disso, a campanha busca
incentivar as pessoas a discutirem o assunto em casa com a família, já que por
lei somente o doador pode autorizar a ação. Hoje, as negativas familiares
ainda são a principal causa da não efetivação de doações.
Neste ano, até setembro, o Rio Grande
do Sul registrou 424 notificações de possíveis doadores. Desses, 336 foram
considerados elegíveis, ou seja em condições de virem a ser doadores, dos quais
140 tiveram as doações efetivadas. O dado que chama a atenção é que entre os
196 elegíveis que não chegaram a se efetivar como doares, em 132 casos (67%)
isso ocorreu por recusa da família.
Aplicativo
Para ajudar no diálogo entre as
pessoas que desejam manifestar sua vontade de doar órgão com suas famílias, a
campanha prevê um aplicativo para Facebook. A partir do perfil da SES
(facebook.com/SecretariadaSaudeRS) os usuários poderão marcar seus familiares
em fotografias através de uma ferramenta especializada, onde a ideia principal
é o usuário comunicar a sua família que é doador de órgãos.
A campanha ainda conta com inserções
de spots em emissoras de rádio durante essa semana, que trazem a seguinte
mensagem: "A sua decisão pode salvar mais vidas do que você imagina,
inclusive a sua". Lembrando que o possível o doador poderá estar em vários
papéis ao longo da vida, inclusive poderá ser a pessoa que precisou ou irá
precisar de um órgão. Poderá também ser parte da família que em algum momento
passará pela entrevista de autorização de doação, ou ainda, poderá ser a pessoa
que salvará muitas vidas com seus órgãos, desde que sua família autorize
doação.
Divulgação aos médicos Haverá, ainda,
uma comunicação direta aos médicos. Um folder será distribuído lembrando que
eles são peças fundamentais no ciclo de doação, uma vez que é de responsabilidade
do médico a notificação de um potencial doador e que é preciso sensibilidade ao
se comunicar com os familiares da vítima.
Existem hoje no Estado cerca de 1,3
mil pessoas aguardando por um órgão. A maior demanda é por um rim (1.005
pessoas para rim isolado e 13 para rim e pâncreas). A fila teve este neste ano
um redução significativa principalmente pelos resultados das córneas. Dos 1.275
transplantes realizados até setembro no Estado, 667 foram de córneas. Isso
permitiu que a fila, que em março de 2012 era de 382, contasse hoje com 32
pessoas.
Fonte:
Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul
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