segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Governo do Estado lança aplicativo para conscientizar sobre importância da doação de órgãos


A Secretaria Estadual da Saúde (SES) lança nesta semana uma campanha em emissoras de rádio e mídias sociais, incluindo um aplicativo no Facebook, para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. A partir do dado de que as pessoas tem seis vezes mais chances de precisar de um órgão do que de ser um doador, a estratégia é sensibilizar a população. 
 
Além disso, a campanha busca incentivar as pessoas a discutirem o assunto em casa com a família, já que por lei somente o doador pode autorizar a ação. Hoje, as negativas familiares ainda são a principal causa da não efetivação de doações. 
 
Neste ano, até setembro, o Rio Grande do Sul registrou 424 notificações de possíveis doadores. Desses, 336 foram considerados elegíveis, ou seja em condições de virem a ser doadores, dos quais 140 tiveram as doações efetivadas. O dado que chama a atenção é que entre os 196 elegíveis que não chegaram a se efetivar como doares, em 132 casos (67%) isso ocorreu por recusa da família.

Aplicativo

Para ajudar no diálogo entre as pessoas que desejam manifestar sua vontade de doar órgão com suas famílias, a campanha prevê um aplicativo para Facebook. A partir do perfil da SES (facebook.com/SecretariadaSaudeRS) os usuários poderão marcar seus familiares em fotografias através de uma ferramenta especializada, onde a ideia principal é o usuário comunicar a sua família que é doador de órgãos. 
 
A campanha ainda conta com inserções de spots em emissoras de rádio durante essa semana, que trazem a seguinte mensagem: "A sua decisão pode salvar mais vidas do que você imagina, inclusive a sua". Lembrando que o possível o doador poderá estar em vários papéis ao longo da vida, inclusive poderá ser a pessoa que precisou ou irá precisar de um órgão. Poderá também ser parte da família que em algum momento passará pela entrevista de autorização de doação, ou ainda, poderá ser a pessoa que salvará muitas vidas com seus órgãos, desde que sua família autorize doação. 
 
Divulgação aos médicos Haverá, ainda, uma comunicação direta aos médicos. Um folder será distribuído lembrando que eles são peças fundamentais no ciclo de doação, uma vez que é de responsabilidade do médico a notificação de um potencial doador e que é preciso sensibilidade ao se comunicar com os familiares da vítima. 
 
Existem hoje no Estado cerca de 1,3 mil pessoas aguardando por um órgão. A maior demanda é por um rim (1.005 pessoas para rim isolado e 13 para rim e pâncreas). A fila teve este neste ano um redução significativa principalmente pelos resultados das córneas. Dos 1.275 transplantes realizados até setembro no Estado, 667 foram de córneas. Isso permitiu que a fila, que em março de 2012 era de 382, contasse hoje com 32 pessoas.

Fonte: Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul

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