As investigações sobre o caso do padre
Emilson Soares Corrêa, já indiciado por estupro de uma menina de sete anos,
ganharam novo personagem. A menina de 15 anos que aparece em um vídeo —
divulgado pelo EXTRA na última terça-feira — fazendo sexo com o religioso na
casa paroquial da Igreja Nossa Senhora do Amparo foi depor ontem na delegacia.
Ela confirmou, em seu depoimento, que participou do flagra armado pelo pai das
duas meninas que acusam o padre
de estupro e afirmou que mantinha relações sexuais mensalmente
com o padre desde os 14 anos. No relato, a menina afirma que ele oferecia
pequenas quantias em dinheiro a ela.
— Ela disse claramente que aquela não foi
a primeira vez. O relato da menor se aproxima muito do depoimento da outra
menina, de 19 anos, também seduzida com presentes — afirmou a delegada Marta
Dominguez, da Deam de Niterói.
Ela, porém, deixa claro que, apesar de a
menina ser menor de idade, o ato sexual não configura crime:
— Ela tinha mais de 14 anos e não houve
violência ou ameaça.
Embora o depoimento da menor não tenha
produzido efeitos no inquérito, a situação do padre ficou mais complicada
ontem. Um novo relato da menina de 19 anos, que também aparece no vídeo,
resultou em novo indiciamento do padre por estupro. A jovem relatou à delegada
que o padre a convenceu a fazer sexo oral com ele quando ela tinha apenas 13
anos. O episódio teria acontecido na banheira de
hidromassagem em formato de coração que o padre tinha em sua
casa paroquial.
— O novo indiciamento deixa o padre em
situação mais difícil. Se a denúncia for aceita pelo Ministério Público, ele
pode incorrer em concurso material, pois cometeu o crime mais de uma vez —
explicou a delegada.
Fonte: Rafael Soares | EXTRA
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