Força Nacional agirá principalmente na Penitenciária de São Pedro de AlcântaraFoto: James Tavares / Secom
Reação rápida e definitiva é o que está
sendo prometido para a missão da Força Nacional de Segurança contra o crime
organizado em Santa Catarina. Desde sexta-feira de manhã no Estado, as
tropas vão agir em pelo menos três ofensivas: garantir a
transferência de presos para presídios federais, estancar eventuais reações nas
cadeias e também apoiar nas ruas as prisões de criminosos envolvidos com os
atentados, os chamados "disciplinas".
— O contingente vem para reagir de uma vez
por todas a esses atentados que ocorrem desde o dia 30 de janeiro — decretou o
comandante da Polícia Militar em Santa Catarina, coronel Nazareno Marcineiro.
Na mesma sala em que há uma semana se
declarava ser um dos contrários à vinda da Força, o coronel Nazareno
comunicava, sexta-feira à tarde, que fora designado para chefiar as tropas federais no Estado enquanto durar a operação.
Em 20 minutos de conversa sobre a presença do reforço federal em território catarinense, a cúpula da segurança tratou de ocultar como será a execução da ofensiva. Não repassou também a quantidade de integrantes da Força nem o período que ela permanecerá em SC.
Em 20 minutos de conversa sobre a presença do reforço federal em território catarinense, a cúpula da segurança tratou de ocultar como será a execução da ofensiva. Não repassou também a quantidade de integrantes da Força nem o período que ela permanecerá em SC.
No começo da noite, Nazareno se deslocou
ao Centro de Ensino da PM, na Trindade,
no alojamento dos policiais, para detalhar a missão. Para falar com a tropa foi
instalado um sistema de som no ginásio.
— Posso dizer apenas que vocês não ficarão
agoniados — resumiu o delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D'Ávila,
dando a entender que deverá ser breve a ação da equipe.
A Força Nacional agirá principalmente na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, onde estão os principais líderes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC), que estão por trás dos ataques.
A Força Nacional agirá principalmente na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, onde estão os principais líderes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC), que estão por trás dos ataques.
Mas
o DC apurou que os policiais vão trabalhar também para transportar presos de
Criciúma, no Sul, Itajaí, no litoral Norte, Joinville, no Norte, e
Blumenau, no Vale do Itajaí. Ao todo, deverão ser 20 presos que vão ser
colocados em um avião da Força Aérea Brasileira e seguir para presídios
federais de outros estados. Lá, ficarão no Regime Disciplinar Diferenciado
(RDD), uma espécie de isolamento com o aval da Justiça catarinense por terem comandado
os atentados contra ônibus, carros e prédios públicos nas duas últimas semanas
e em novembro do ano passado.
A outra frente para onde as tropas federais serão deslocadas vai auxiliar as polícias Civil e Militar catarinenses no cumprimento de mandados de prisão já emitidos pela Justiça. As equipes se juntarão em uma força-tarefa coordenada pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Ministro da Justiça volta a Santa Catarina
Na manhã deste sábado, quando o governo do
Estado conceder nova entrevista coletiva - provavelmente ao lado do ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo -, é provável que os principais líderes já tenham
sido removidos das penitenciárias estaduais e alguns dos foragidos tenham sido
detidos e, igualmente, transferidos.
A outra frente para onde as tropas federais serão deslocadas vai auxiliar as polícias Civil e Militar catarinenses no cumprimento de mandados de prisão já emitidos pela Justiça. As equipes se juntarão em uma força-tarefa coordenada pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Ministro da Justiça volta a Santa Catarina
Fonte:
Diogo Vargas | DIÁRIO CATARINENSE
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