É a primeira vez que um presidente em exercício
tem acesso aos dados financeiros liberados
Foto: Evaristo Sá / AFP / CP
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Luís Roberto Barroso, determinou a quebra de sigilo bancário do presidente Michel
Temer. A medida é um desdobramento da investigação sobre o decreto dos Portos.
É a primeira vez que um presidente em exercício tem afastado o bloqueio dos
seus dados.
A quebra
de sigilo era pedido dos investigadores da Polícia Federal, na apuração se decreto
editado por Temer beneficiou a companhia Rodrimar, implicada em delação da
J&F. Durante as investigações, o ex-deputado Rocha Loures foi flagrado
correndo com uma mala de dinheiro.
Enquanto
a PF avaliava como essencial para apurar os fatos a quebra de sigilo, a
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, contrariou essa interpretação. A
PGR relatou que ainda não via elementos que demonstrassem necessidade da quebra
de sigilo.
O Palácio
do Planalto divulgou uma nota na noite desta segunda-feira sobre a decisão de
Barroso. “O presidente Michel Temer solicitará ao Banco Central os extratos de
suas contas bancárias referentes ao período mencionado hoje no despacho do
iminente ministro Luís Roberto Barroso. E dará à imprensa total acesso a esses
documentos. O presidente não tem nenhuma preocupação com as informações
constantes suas contas bancárias”, diz o texto do comunicado.
Fonte:
Correio do Povo
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